ATA DA CENTÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 28-11-2007.

 


Aos vinte e oito dias do mês de novembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz e Marcelo Danéris e pelas Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste e Neuza Canabarro. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, José Ismael Heinen, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 5301 a 5303/07; pelo Vereador Claudio Sebenelo, o Pedido de Providência no 5260/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 5261 e 5290 a 5300/07; pela Vereadora Margarete Moraes, os Pedidos de Informação nos 199 e 200/07 (Processos nos 9197 e 9201/07); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 5262 a 5268/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 5269 a 5289/07; pelo Vereador Mauro Pinheiro, o Pedido de Providência nº 5304/07. Na ocasião, foram apregoados os Memorandos nos 470, 472, 473, 474, 475, 476 e 477/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas, respectivamente: do Vereador Newton Braga Rosa, hoje, na abertura do seminário “O Futuro Econômico de Porto Alegre”, às nove horas e trinta minutos, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre; da Vereadora Maristela Maffei, no dia vinte e seis de novembro do corrente, na III Conferência Nacional das Cidades, em Brasília – DF –; do Vereador Adeli Sell, ontem, no Treinamento de Capacitação em Antipirataria, às quatorze horas, no Hotel Novotel Porto Alegre, em Porto Alegre; do Vereador Adeli Sell, ontem, no evento “Meeting de Tecnologia – Perspectivas de Investimentos do Mercado de Tecnologia em 2008”, às doze horas, na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, em Porto Alegre; do Vereador Adeli Sell, hoje, na reunião-almoço “Tá na Mesa”, da FEDERASUL, às doze horas e quinze minutos, na sede dessa entidade, em Porto Alegre; do Vereador José Ismael Heinen, no dia trinta de novembro do corrente, nas comemorações alusivas ao nonagésimo nono aniversário de criação do 18º Batalhão de Infantaria Motorizado, no Pátio de Formatura desse Batalhão, no Município de Sapucaia do Sul – RS –; do Vereador Elias Vidal, do dia vinte e quatro ao dia vinte e nove de novembro do corrente, no II Congresso Internacional de Combate ao Câncer, no Município do Rio de Janeiro – RJ. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 836, 870, 1399, 1820 e 2569/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/07, discutido pelos Vereadores Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, Adeli Sell, Claudio Sebenelo e João Carlos Nedel, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/07, discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 268, 280, 281, 250/07 e 261/06, os dois últimos discutidos pelo Vereador Guilherme Barbosa, o Projeto de Lei do Executivo nº 030/07, o Projeto de Resolução nº 084/07; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 249, 283, 291, 292, 294 e 193/07, este discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Executivo nº 031/07, os Projetos de Resolução nos 082 e 083/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen leu mensagem divulgada ontem pela internet, como sendo de autoria do Ministro Nélson Jobim, referente ao transcurso dos setenta e dois anos do episódio conhecido como “Intentona Comunista”. Sobre o assunto, asseverou que o Democratas defende posições expostas no referido documento, reverenciando os soldados que morreram na luta em prol da democracia e considerando o comunismo uma ideologia prejudicial ao País. O Vereador Claudio Sebenelo discorreu sobre o Projeto de Lei do Legislativo nº 106/07, de sua autoria, que limita o horário para comércio de bebidas alcoólicas em Porto Alegre. Nesse sentido, reportou-se à entrevista com o Psicólogo Ken Winters, do Centro para Pesquisa de Abuso de Substâncias por Adolescentes, publicada hoje pelo jornal Zero Hora, na qual são ressaltados os malefícios decorrentes do consumo de álcool por jovens e defendidas restrições para venda desses produtos. O Vereador Adeli Sell leu Pedido de Providências encaminhado ao Executivo Municipal pelo Vereador Carlos Todeschini, onde são solicitados esclarecimentos acerca da situação do funcionário Luiz Paulo Roseck Germano, que cumpre Tempo Integral e Regime de Dedicação Exclusiva ao Município, mas também exerceria a docência na PUC e manteria um escritório de advocacia no Centro. Ainda, criticou as condições de asfaltamento de vias públicas da Cidade, afirmando que a Secretaria Municipal de Obras e Viação é inoperante. A Vereadora Neuza Canabarro discorreu acerca do papel de fiscalização exercido pela Câmara Municipal de Porto Alegre em relação ao cumprimento da legislação, referindo-se, em especial, à necessidade de que sejam efetivamente averiguadas denúncias de exercício indevido de mais de um cargo por servidores municipais. Também, considerou irregular a cobrança, pelo Poder Executivo de Porto Alegre, das taxas de esgoto e iluminação pública, afirmando que outros impostos deveriam cobrir os gastos nessas áreas. O Vereador Haroldo de Souza expressou sua inconformidade com irregularidades nas esferas da administração pública do Brasil e opinou que, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, também têm se verificado denúncias de malversação de dinheiro público. Finalizando, questionou a destinação dos recursos arrecadados pela CPMF e protestou contra a prisão de uma menina, em Belém do Pará, numa cela onde havia cerca de vinte homens. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado pelo Vereador Aldacir Oliboni, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Na oportunidade, foram apregoadas as Emendas no 02, proposta pela Vereadora Sofia Cavedon e assinada pelo Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, e nº 03, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/07 (Processo nº 6819/07). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/07, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Sebastião Melo, Guilherme Barbosa, Luiz Braz, Sofia Cavedon, Elói Guimarães, Claudio Sebenelo e João Antonio Dib, teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Elói Guimarães. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/07, a Vereadora Margarete Moraes e os Vereadores Marcelo Danéris, Bernardino Vendruscolo e Dr. Goulart cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos Vereadores Adeli Sell, Sofia Cavedon, Sebastião Melo e Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 119/07, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 023/07. Em continuidade, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezesseis horas e quarenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quarenta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/05, o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Adeli Sell. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 022/07, por vinte e três votos SIM, após ser discutido pela Vereadora Sofia Cavedon e pelo Vereador Professor Garcia, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em prosseguimento, o Vereador Sebastião Melo manifestou-se, convidando os Senhores Vereadores a acompanharem comitiva que visitará amanhã, em Representação Externa, o Município de Caxias do Sul, a fim de buscar informações sobre a implementação e o funcionamento do sistema de coleta de resíduos sólidos desse Município, tendo a Senhora Presidenta registrado que tal viagem será realizada sem ônus para a Casa. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/07, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Luiz Braz, João Antonio Dib, Sebastião Melo e José Ismael Heinen, teve sua votação adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Luiz Braz. Em Discussão Geral, 3ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 063/06. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 163/04, o qual teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Maristela Meneghetti. Às dezessete horas e vinte e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e vinte e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro e pelo Vereador Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 7923/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui o Programa de Substituição Progressiva da Utilização do Óleo Diesel Convencional e da Mistura Óleo Diesel/Biodiesel – B2 – pelo Biodiesel – B100 – nos Ônibus e nos Lotações do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. Nº 9056/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 011/07, que altera a redação do parágrafo 3º do art. 68 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, introduzido pela Lei Complementar nº 549, de 09 de maio de 2006, que trata da atribuição de gratificações especiais a servidores detentores de cargo de provimento efetivo do Município ou de outra esfera governamental, cedidos ao Município com ônus para o órgão de origem.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 8048/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 268/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ximango o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 1042 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8311/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 280/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Acerola o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4006 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8312/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 281/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Amora o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4007 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8000/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 250/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que altera o “caput” e os §§ 1º, 2º e 3º e acrescenta § 4º no art. 6º da Lei nº 7.579, de 3 de janeiro de 1995, dispondo acerca da incidência das vantagens funcionais e dos reajustes sobre a Parcela Autônoma dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde, da incorporação dessa Parcela aos vencimentos e proventos e de seu cômputo para efeitos de aposentadoria e de apuração do 13º salário.

 

PROC. Nº 8823/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 030/07, que altera o “caput” do art. 2º da Lei nº 9.926, de 09 de janeiro de 2006, que autoriza a alienação de próprios, mediante investidura, destinando recursos à implantação de programas habitacionais e equipamentos de caráter social, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 5730/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 261/06, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que inclui § 3º no art. 71 da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências, assegurando aos funcionários do Hospital de Pronto-Socorro, depois de cumpridos 15 (quinze) anos de exercício ininterrupto em regime de plantão, o direito de incorporar gratificação aos seus proventos.

 

PROC. Nº 9048/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 084/07, de autoria da Mesa Diretora, que extingue os cargos em comissão de Auxiliar Parlamentar, de Assistente Parlamentar, de Atendente de Gabinete Parlamentar A, de Atendente de Gabinete Parlamentar B e de Oficial de Gabinete Parlamentar e cria os cargos em comissão de Assessor do Gabinete da Presidência, de Assessor Comunitário I e II e de Assessor Parlamentar de Gabinete I e II, todos do Quadro de Funções Gratificadas, constante do art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal Porto Alegre e dá outras providências, inclui arts. 20-A e 20-B nesta Lei, dispondo sobre a estrutura de cargos por Gabinete de Vereador, e revoga a Resolução nº 1.604, de 21 de dezembro de 2001.

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 6602/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 193/07, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que denomina Rua Padre Roberto Landell de Moura o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 7054 – Loteamento Hípica Boulevard. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8314/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 283/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Grevílea o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4005 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8420/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 291/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Mutum o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4021 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8421/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 292/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Trinca-Ferro o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4023 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8423/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 294/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Estrelinha o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 1051 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 7967/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 249/07, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Doutor Clodoaldo Efrain Ortega Pinilla.

 

PROC. Nº 8564/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 082/07, de autoria da Mesa Diretora, que altera o art. 30 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, alterando o cálculo da verba de representação dos Cargos de Direção e de Procurador-Geral da Câmara Municipal Porto Alegre.

 

PROC. Nº 8707/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 083/07, de autoria da Mesa Diretora, que altera o art. 48 da Lei n° 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, estendendo a gratificação por atividade perigosa aos funcionários detentores de cargos efetivos da classe de Vigilante e fixando o percentual dessa gratificação.

 

PROC. Nº 8825/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/07, que autoriza o Poder Executivo a contratar Operação de Crédito no valor de R$58.950.000,00 com a Caixa Econômica Federal e dá outras providências.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadoras e Vereadores, começando esta nossa Sessão com a discussão preliminar de Pauta, quero abordar, inicialmente, este importante Projeto do Ver. Todeschini que pretende instituir o Programa de Substituição Progressiva do Óleo Diesel Convencional e da Mistura Óleo Diesel/Biodiesel B2 pelo Biodiesel B100 nos Ônibus e Lotações do Transporte Público de Passageiros de Porto Alegre e dá outras providências.

Não tive ainda a oportunidade de ler o Projeto como um todo, mas quero fazer um comentário geral, na medida em que já é um programa de sucesso estabelecido pelo Governo Federal do nosso País, o da produção do biodiesel. Este combustível de origem vegetal pode ser obtido através de várias oleaginosas, vários grãos. Nós podemos ter a produção com a soja, com o amendoim, com o girassol e com a mamona, que é um verdadeiro mato, um verdadeiro inço. É muito forte essa cultura, é de produção barata e agüenta períodos de pouca chuva. Portanto, o Brasil tem a possibilidade de ter uma produção muito grande desse combustível e de ter uma geração de renda enorme em nosso País.

Há, neste momento, uma determinação, uma legislação, que diz que até o ano de 2008 nós devemos estar colocando na mistura com o diesel do petróleo 2% do biodiesel, Ver. João Dib - por isso que é chamado de B2, porque são 2% do total junto com o diesel do petróleo -, 98% diesel e 2% de biodiesel. E, depois, em 2013, nós pulamos para B5, ou seja, 5% do biodiesel e 95% do diesel, e assim num crescendo.

No entanto, está-se verificando que o Governo já estuda a possibilidade de antecipar essas datas, porque houve uma resposta muito grande na produção no Brasil do biodiesel. Já existe a possibilidade de antecipar a data do B5 para o ano de 2008, porque houve um crescimento muito grande da produção do biodiesel.

É interessante o Projeto do Ver. Carlos Todeschini, porque nós estaremos também antecipando ... Repito, não li o Projeto na totalidade, mas este tema é importante porque além da geração de renda em nosso País, teremos uma diminuição muito grande de poluição através do uso do biodiesel. Por outro lado, também, utilizaremos menos petróleo. Agora, tivemos a notícia de uma nova reserva descoberta pela Petrobrás, que acrescentou 50% às nossas reservas, Ver. Dr. Raul. Isto é uma coisa fantástica! Mas é evidente que, como o petróleo é um produto finito, não será mais renovado no mundo, se nós pudermos guardá-lo, é importante.

Então, o biodiesel significa geração de renda para os nossos agricultores, menos poluição, além do fato que podemos economizar o petróleo, este elemento que já produz guerra - como nós sabemos - no mundo. Portanto, é um Projeto importante.

Quero também comentar que, coincidentemente, nós temos dois Projetos de dois colegas médicos, do Ver. Dr. Raul e Ver. Dr. Goulart, que estão no período de discussão preliminar de Pauta e que trabalham com a questão salarial ou na complementação do SUS.

O Projeto do Ver. Dr. Goulart é referente aos funcionários do HPS.

São assuntos importantes, mas que, evidentemente, são de atribuição do Prefeito. Eu até convido o Ver. Dr. Raul para um aparte, porque está no plenário, para saber se já houve alguma conversa com o nosso Executivo Municipal, já que se trata, em princípio, de uma atribuição do Prefeito.

 

O Sr. Dr. Raul: Obrigado pelo aparte, Ver. Guilherme Barbosa. Na realidade, nós já conversamos com a Secretaria da Fazenda e com a Secretaria da Saúde, mas, de fato, nós temos dificuldade nesta matéria. Resolvemos, mesmo assim, suscitá-la para que haja, realmente, uma conversa ampla sobre isso, porque é muito importante para esses profissionais. Então, eu acho que não dá para ficar parado, e isso realmente tem que ser melhor trabalhado.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Certo, obrigado. E é uma dificuldade de quem está sentado naquela cadeira em que está, hoje, o Prefeito José Fogaça, a questão salarial, porque sabe que, quando trabalha com um setor da categoria, isso logo se desdobra para outros setores, e assim vai; e não se poderia constituir, digamos, uma política salarial. Todos nós teríamos, com certeza, alguma preocupação com algum setor do funcionalismo municipal, e isto cria uma dificuldade.

Veja bem, que não estou falando na importância e na justeza, digamos assim, do Projeto, mas na dificuldade de quem está sentado na cadeira do Prefeito. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. Guilherme Barbosa.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, no primeiro dia de Pauta, hoje, dois Projetos de Lei: um do Executivo, outro do Legislativo.

O Projeto de Lei do Legislativo é de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui o Programa de Substituição Progressiva de Utilização do Óleo Diesel Convencional e da Mistura óleo Diesel/Biodiesel pelo Biodiesel B100 nos Ônibus e nos Lotações no Sistema de Transporte Público de Passageiros de Porto Alegre e dá outras providências.

Eu creio que este Projeto seja prematuro. Eu li um pouco mais do que o Ver. Guilherme Barbosa sobre esse assunto, e eu acho que o Projeto não está em condições de ser votado pela Casa.

Eu acho que as leis não resolvem todas as coisas, há necessidade de experiência; já dizia o Governador do Estado, em 1830, que as leis devem ser fruto da experiência e da luz. E nós ainda não temos experiência e muito menos luz sobre o biodiesel.

Mas eu tenho todas as dúvidas do mundo sobre ser prematuro o Projeto ou não, porque o art. 4º do Projeto diz que, sendo os custos do biodiesel B100 superiores ao do óleo diesel convencional, a manutenção dos valores das tarifas será garantida por meio da concessão de incentivos às empresas de transporte público municipal. Já esbarrou na Lei Orgânica do Município, art. 113, que diz que incentivo ou qualquer outro tipo de benefício só pode ser dado por prazo definido. Mas, se eu olhar a Lei de Responsabilidade Fiscal, para obter um incentivo, eu tenho que ter a contrapartida de Receita em outro lugar. Então, para mim, a lei já não vai funcionar.

E eu não sei, vão colocar 2% agora, no ano que vem, e vão levar cinco anos para chegar a 100%, mas depois não tem o biodiesel.

Então, eu acho que não se faz lei prematuramente. Eu acho que se deveria aguardar a experiência para saber se vamos ter biodiesel ao menos para atender as necessidades do transporte coletivo, do transporte público da Cidade, ou não. Não vamos fazer como o gás natural veicular, que já está faltando e já não se sabe se vai ter, se vai ser racionado ou não.

Por outro lado, no Projeto do Executivo - eu sempre afirmo que a lei deve se clara, precisa e concisa para ser respeitada -, na Exposição de Motivos do Prefeito, ele diz que a redação do parágrafo que ele está alterando agora sofreu modificação quando da sua aprovação na Egrégia Câmara Municipal, por força de uma Emenda nº 03, que tinha por objetivo possibilitar aos servidores detentores de cargos e provimentos efetivos do Município o acesso à gratificação especial prevista no citado dispositivo. Essa redação não é muito boa, mas a alteração se dá da seguinte forma: poderá ser atribuída a função gratificada especial pelo desempenho de atribuições de chefia, direção e assessoramento aos servidores detentores de cargo de provimento efetivo do Município ou de outra esfera governamental, cedidos para o Município, com ônus para o órgão de origem, com ou sem ressarcimento pelo Município. Agora, eu vou por etapas. Cargo de provimento efetivo do Município, cedido para o Município, com ônus para o Município - se o cargo é do Município, como é que eu vou ceder para o Município? Então, eu tenho todas as dificuldades do mundo para entender. Agora, de outra esfera governamental cedido para o Município, com ônus para o Município, eu entendo; mas, se ele tem cargo de provimento efetivo do Município, cedido para o Município, eu não entendo. Então, realmente, houve uma Emenda da Câmara, passou pela Comissão de Justiça a Redação Final - que não é boa -, e agora veio uma nova proposição de redação, que não me parece ser boa também, ainda mais que está sendo proposta a retroação para essa lei que foi alterada pela Câmara Municipal. Eu acho que vale a pena um exame mais profundo dessa redação, que não me parece ser boa. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, não tema Projetos, Ver. João Dib, não tema o novo, seja ousado! V. Exª já teve seus grandes momentos de ousadia, de inovação em várias coisas, e nós reconhecemos sempre aqui e louvamos as coisas ousadas que V. Exª já fez. Mas, Ver. João Dib, a questão do biocombustível é algo que já se colocou na agenda econômica do País, independentemente da descoberta do petróleo no Brasil, de uma grande bacia, a sua exploração ainda não começou, demora, tem custos, mas nós temos um País com grandes condições de produção do nosso biocombustível. O Ver. Todeschini propõe um programa de substituição progressiva, progressiva pode começar com um ônibus da Carris. Por sinal, deveríamos começar com a Carris, que está abandonada, que, há alguns dias, em plena Av. Protásio Alves - e não é a primeira vez -, um ônibus teve um rodado rolando pela rua; isso que tinha sido avisado que tinha problema mecânico naquele ônibus. Isso sói acontecer com os ônibus da Carris, até porque há algumas coisas na Carris que merecem explicação, como, por exemplo, a instalação da “república de Eldorado do Sul” naquela companhia. Mas isso já é outro departamento.

O que o Ver. Todeschini quer é um programa de substituição progressiva da utilização do óleo diesel convencional e da mistura óleo diesel/biodiesel B2 pelo biodiesel B100 nos ônibus e nos táxis-lotação do sistema de transporte público de passageiros de Porto Alegre. Ver. Todeschini, louvo sua iniciativa, sua ousadia e fiz aqui uma provocação - da forma como o pessoal gosta de dizer agora – republicana, para o Ver. João Dib, que é aquela em que as pessoas participam da res pública, da coisa pública!

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, realmente é louvável a iniciativa. Eu só disse que era prematura, já que o prazo para o progressivo é de cinco anos; e não sei se em cinco anos nós teremos biodiesel na proporção desejável.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte concedido, Ver. Adeli. Posso afirmar ao Ver. João Dib que nós já temos, aqui no Rio Grande do Sul, todos requisitos da Lei do B2 atendidos, e sobra de biodiesel no mercado. Então, é sim uma grande iniciativa na direção da substituição por combustíveis renováveis. Já foi polêmico isso quando a gente fez aquele Projeto do B2, porque não havia nenhuma empresa no mercado; no entanto, hoje, já pode ser atendida por uma única empresa a exigência do B2. Obrigado, Ver. Adeli.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Todeschini, nós estamos propondo também um Projeto para a reutilização do óleo de fritura, o óleo de cozinha. O DMLU começou com 22 postos de arrecadação e hoje tem 34. Eu estou sistematicamente conversando com o DMLU, diga-se de passagem, é um dos poucos Departamentos, um dos poucos órgãos desta Prefeitura no qual a gente é atendido sempre; faça-se justiça, eu sou da oposição, mas sou obrigado a dizer que o Diretor Moncks tem nos atendido em todas as questões, apesar de todos os problemas. Por isso eu acho importante esse diálogo, porque o que está em jogo hoje, Ver. João Dib, é o desperdício: o desperdício de energia, de água... Por exemplo, aqui nesta Câmara, vejo verdadeiras barbaridades, vejo o pessoal lavando carro em tudo que é lugar, como se o carro fosse cheio de cracas, que tivesse que ser lavado com esguicho, como se tivessem que lavar as calçadas, Verª Neuza Canabarro, que inclusive tem uma preocupação com a questão ambiental particularmente na área da água, como o Ver. Todeschini também. Então, eu quero louvar a ousadia, pois nós precisamos preservar a natureza, olhar o ambiente, e ter, como eu já disse, ousadia. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, queria me reportar diretamente ao Ver. Guilherme Barbosa, que afirma sempre que eu sou contra todos os projetos de uma determinada origem. Não é verdade. Eu queria dizer ao Ver. Todeschini que eu queria cumprimentá-lo pelo seu Projeto extremamente competente e com uma visão de mundo que nos entusiasma pela idéia, Ver. Todeschini. Porque o mundo todo, hoje, está em busca de um novo tipo de combustível que não seja com material perecível, biorrenovável. Já está à disposição da humanidade, com obtenção facílima, o hidrogênio. O hidrogênio é o próximo combustível, especialmente o hidrogênio líquido, que será obtido com facilidade. O processo ainda está industrial. Quando se quer definir modernidade, a gente pega uma idéia e se vai da idéia até o consumo. A soma de todos os passos, passando pela pesquisa, pela universidade, pela aplicação prática, até o consumo - inclusive o marketing desse consumo -, se chama modernidade. Pois a modernidade do hidrogênio líquido está se completando. Só que enquanto não houver hidrogênio líquido, é economicamente útil para o País o biodiesel substituindo o diesel de petróleo. Esse biodiesel que vai ser acrescentado ao diesel que se usa hoje em proporções numéricas... A cidade de Porto Alegre precisa se adiantar a isso, principalmente precisa debater, eu acho que essa também é uma das funções do Projeto. Mas a segunda delas é ter não uma bola de cristal, mas poder prever com facilidade a ocorrência, que vai ser vertiginosa, das mudanças de combustíveis na medida em que nós buscamos um País, um mundo, um planeta com menor índice de aquecimento, com menor índice de poluição aérea.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço pelo aparte, Ver. Claudio Sebenelo. Justamente essa é a idéia, nós devemos desenvolver, debater, questionar e propor todas as iniciativas, sejam elas quais forem, que venham na direção da sustentabilidade das energias limpas. Muito bem faz V. Exª quando refere o hidrogênio como combustível do futuro. No entanto, os dados que a ciência e que a pesquisa nos dão é que isso pode levar até cem anos, e nós precisamos preencher esse interregno com as alternativas que forem menos poluentes e mais sustentáveis, tendo em vista a necessidade de preservação do planeta e do meio ambiente. Obrigado.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Eu cumprimento V. Exª, Vereador. E trago o exemplo da frota de limpeza pública do Estado de São Paulo, que utiliza o gás metano, obtido do lixo, como combustível. Isso é uma atitude inteligente, em função das características daquele lixo e das condições de não-poluição do gás metano. É que uma megalópole pode fazer isso. Nós não temos condições de fazer isso, inclusive num lixo repartido, e principalmente num lixo que ainda tem pouco gás metano. Podem fazer na cidade do México? Sim! Podem fazer em Tóquio? Sim! Podem fazer em Nova Iorque? Sim! Em São Paulo? Em Porto Alegre não, porque nós temos um milhão e 500 mil habitantes. São Paulo tem 18 milhões, dentro da Cidade. Então, há essas diferenças, essas comparações, e tem que haver essa improvisação e essa criatividade para quando nós precisarmos dessa mudança, o que vai ser muito em breve. Eu acho que o hidrogênio está muito mais perto de nós como combustível líquido do que nós pensamos. Todo mundo falava em cem anos; já falam em dez anos! Acho que nós vamos ter um momento muito bom da Cidade quando nós fizermos esse tipo de economia, na sua frota - e por que não ser essa experiência passada para a frota particular de ônibus? Eu acho uma boa idéia. Meus parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. Claudio Sebenelo.

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Verª Neuza Canabarro, na presidência dos trabalhos nesta data, nós temos alguns nomes para denominação de logradouros na Pauta. Eu queria cumprimentar a Verª Clênia Maranhão pelo seu PLL nº 193/07, que denomina a rua onde o Ver. Guilherme Barbosa reside de Landell de Moura, que não é assim denominada em homenagem ao Padre Landell de Moura, pois rua com esse nome não tinha registro nesta Capital. Por isto estou elogiando a Verª Clênia Maranhão, que está denominando uma rua como Rua Padre Roberto Landell de Moura, um logradouro público no Loteamento Hípica Boulevard. Finalmente, esta Casa está fazendo justiça a esse Padre, grande inventor e grande sacerdote.

Nós temos também o PLCL nº 024/07, do Ver. Todeschini, que institui Programa de Substituição Progressiva da Utilização do Óleo Diesel pelo Biodiesel nos Ônibus e Lotações do Sistema de Transporte em Porto Alegre. Como já falou o Ver. Claudio Sebenelo, é um Projeto elogiável, que passará a ser estudado mais profundamente. Também temos que ver a viabilidade técnica e econômica, porque também o biodiesel, o etanol, o álcool sofrem avarias na área da safra, e, então, também temos que verificar essa possibilidade.

Muita gente tem criticado que estamos fazendo vários projetos de denominação de logradouros. Eu gostaria de deixar muito claro para a sociedade que às vezes não está a par e para a própria imprensa que às vezes tem uma opinião equivocada sobre esse assunto. Porto Alegre ainda tem aproximadamente 2 mil logradouros sem denominação.. São 252 logradouros denominados como “Dois”, em Porto Alegre – são ruas, becos, avenidas, passagens. Só na Restinga, parece que há 14 logradouros assim denominados. Lá no bairro Mário Quintana, parece que há 20 e poucas também assim denominadas. Quer dizer, é quase impossível localizar as pessoas que residem nessas ruas com a denominação “Dois”; seria importante para que, pelo menos, recebessem suas contas de água e luz, as contas públicas. Mas essas pessoas não são encontradas; não recebem seus parentes; não recebem oportunidade de emprego; não recebem crédito, porque não são encontradas. Esta Casa, inclusive, está denominando muito pouco, está fazendo projetos em quantidade inferior ao necessário. Se nós formos resolver esse problema de 2 mil ruas sem denominação, e mesmo tendo-se cem projetos por mês, vamos demorar praticamente dois anos para resolvê-lo. É muito tempo! Então, por isso a importância que os Vereadores têm de denominar os logradouros, para que seja retomada a dignidade das pessoas que residem nesses logradouros. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. João Carlos Nedel.

Encerramos o período de discussão preliminar de Pauta.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Neuza Canabarro, na presidência dos trabalhos; nobres colegas Vereadores; público que nos assiste aqui e público que nos vê através das imagens da TVCâmara, quero trazer, no tempo utilizado pela Liderança do Democratas, a lembrança da data de ontem, 27 de novembro, e do que aconteceu lá em 1935: a Intentona Comunista. As coisas acontecem e, de repente, a gente recebe algumas colocações surpreendentes, ainda mais partindo de onde vêm. O nosso Ministro da Justiça, entre outras colocações, expressou-se desta forma na sua mensagem (Lê.) : “Há 72 anos, eclodia, no mês de novembro, na cidade de Natal/RN, de Recife/PE, e do Rio de Janeiro, aquele que seria o mais covarde, insidioso e sangrento episódio de nossa história, a Intentona Comunista de 1935.

Lembrando alguns que já se pronunciaram sobre o assunto, cito que nos vários dicionários não vamos encontrar unanimidade nos sinônimos a respeito da palavra intentona, mas há nos significados: plano insensato, intento louco, conluio, rebelião, motim, conspiração, sedição, revolta, conjuração, insurreição ou intento insano. [Eu acrescentaria aqui: e bárbaros atos de terrorismo.] Embora, historicamente, Intentona Comunista seja o nome oficial da insurreição militar que ocorreu no Brasil nas cidades anteriormente citadas, poderíamos também chamá-la de Traiçoeira Sandice Marxista-Leninista, pela forma insana e vil como os conspiradores, em prol de uma outra Nação, traíram seus companheiros de farda e a própria Pátria, assassinando-os de maneira covarde e pusilânime, quando muitos deles dormiam.

Os assassinos vermelhos, apadrinhados por setores da propaganda partidária esquerdista, como sempre, tentam reescrever a história, informando aos mais novos que tais assassinatos nunca ocorreram. Para desmenti-los, basta ler a edição do Jornal Correio da Manhã, de 30 de novembro de 1935, sábado, que em sua página 4, num editorial intitulado “O Castigo”, afirma: ‘já estão reconstituídas algumas cenas de tragédia que culminou na verdadeira batalha da Praia Vermelha... Contam-se, entre os episódios tenebrosos daquele dia, impiedosas liquidações sumárias, nas quais intervieram indivíduos despidos de todo o sentimento, até de simples humanidade...Ex.: Um oficial friamente assassinado por mão de seu companheiro que trazia a arma envolvida num jornal: outro morto quando dormia e teria sido fácil prendê-lo e desarmá-lo’.

Com certeza o editorial do Correio da Manhã se referiu às mesmas mortes presenciadas pelo então tenente José Campos de Aragão, que em seu livro sobre a Intentona, assim se expressou: ‘O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini, que repousavam no momento da insurreição, foram mortos pelos revoltosos ainda aturdidos quando se levantavam’.

Finalmente, é importante deixar claro que os comunistas atuais continuam enobrecendo a Intetona, planejada e determinada pelo governo comunista da Rússia e executada pela Aliança Nacional Libertadora sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Continuam mentindo, vendendo um paraíso para onde já enviaram as almas de mais de cem milhões de pessoas.

Lembro à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica que o fim do império soviético não marcou o término da expansão dos utópicos ideais marxista-leninistas, e sim, da luta anticomunista, desenvolvida àquela época pelas verdadeiras Nações Democráticas, hoje, mais do que nunca, fragilizadas diante do solerte inimigo, verdadeiro lobo travestido de cordeiro.

Companheiros das Forças Armadas!

Lembrai-vos de 1935. Exorto-os a continuar na perseguição dos ideais democráticos que sempre nortearam nossas Instituições. Desta forma, não permitiremos que a nossa gente seja influenciada por alienígenas ideologias que prometem, em pleno século XXI, um vermelho nirvana, banhado de sangue.

Brasília, 27 de novembro de 2007.

Nelson Jobim – Ministro da Defesa”.

Surpreende-nos e estamos agradecidos porque nós reverenciamos, sempre, o dia 27 de novembro, colegas assassinados e que, hoje, parecem estar esquecidos.

Inclusive tive que fazer um Pedido de Providências para que, no pavilhão localizado na Av. Osvaldo Aranha, em homenagem aos que tombaram, que foram mortos, que foram assassinados, seja feita uma limpeza e uma reparação.

Srª Presidenta, trago como registro, nesta Casa, as palavras de S. Exª o Ministro da Defesa, a quem nós, democratas, fielmente, na luta anticomunista, nos juntamos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. Ismael Heinen.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Srs. Vereadores, eu tive aceito o artigo que escrevi hoje no jornal Zero Hora, chamado Proteção à Vida. Ver. Brasinha, esse artigo é uma resposta a um artigo publicado no sábado pelo Sindicato dos Proprietários de Restaurantes e Bares a respeito da pequena restrição do horário pela chamada de Lei Seca - que não é seca; as pessoas podem beber o que quiserem. E esse artigo é publicado exatamente no dia - e eu recomendo a leitura a V. Exª - em que é publicada, no jornal Zero Hora, uma entrevista do psicólogo especialista no tratamento de adolescentes usuários de drogas, que diz: “Restringir horário de bares traz benefícios”. Esse psicólogo americano, Vereador, chama-se Ken Winters, e ele vai fazer, hoje à noite, no Colégio Anchieta, uma conferência exatamente a respeito desse assunto que eu gostaria que V. Exª participasse para ouvir o outro lado da sua Lei. O jornal Zero Hora pergunta: “Qual droga que gera mais problemas?” Winters responde: “Nos Estados Unidos, o álcool é a número um; causa mais morte de adolescentes do que as outras. E a maioria das mortes ocorre em acidentes de trânsito”. Jornal Zero Hora: “E o senhor acha que o álcool deveria ser proibido?” E Winters responde: “Não. Não daria certo. Haveria muito protesto. Historicamente, os humanos gostam de álcool. E muitas pessoas conseguem lidar com a bebida num nível adequado. Se fosse proibido, haveria um caos. A melhor coisa é saber como restringi-lo de maneira a limitar seus danos. Veja o que fizemos nos Estados Unidos: aumentamos a idade mínima para 21 anos...” Quando se fala em baixar para 16, nos Estados Unidos aumentaram para 21. ”...criamos punições duras para quem dirigir bêbado, e bares não ficam mais abertos a noite toda.”

Isso, nos Estados Unidos, e é uma Lei federal.

Existe uma quantidade de consumo de álcool a partir da qual seja possível detectar risco de dependência?” Dr. Winters responde: “Varia. O importante é saber que, no caso do adolescente, seu cérebro ainda está em formação. E se ele consome drogas nessa fase, o desenvolvimento pode ficar comprometido”.

Ontem, o jornal Zero Hora publicou que meninos de 12 anos foram aos bares da Capital, e todos venderam bebida de álcool para eles, e ninguém pediu identidade.

O meu Projeto passou por aqui e foi desmoralizado por esta Casa, e foi ridicularizado, e foi dito, muitas vezes, que era um Projeto ingênuo e bobo.

E, no entanto, vem um especialista mundial fazer essa palestra hoje falando, exatamente, sobre esse Projeto.

Quando se fala mal da Lei Seca, e quando se chama de Lei Seca, ela é injusta, porque não vai tirar emprego de ninguém. Apenas vai fazer restrição, Vereador, e peço que leiam o meu artigo para ouvirem o contraponto, o outro lado da questão, porque ouvir só um lado, por favor! Ver. Haroldo de Souza, nós estamos hoje com 253 mil desempregados na cidade de Porto Alegre e seus arredores.

A responsabilidade maior do desemprego está muito longe de se imputar à diminuição do emprego nos bares e restaurantes por causa de 6 horas, que, em 168 horas da semana, fecham 12 horas em dois dias.

E aí o que acontece? Pelo amor de Deus, eles estão dizendo que isso vai dar desemprego. Desemprego é falta de desenvolvimento, é outra coisa que não tem absolutamente nada a ver com esse tipo de atividade. Sabe quanto por cento os bares, restaurantes, comercializando bebidas alcoólicas, fornecem ao Brasil em matéria de PIB, Vereador? Três por cento! Então, não está aí o desemprego. Isso é injusto, e isso vai contra todos os raciocínios e todas as estatísticas. Eu pediria ao Ver. Brasinha que tivesse a delicadeza de ler o livro que eu vou-lhe dar, do Engenheiro Mauri Panitz, para ver o que ele diz a respeito do Projeto de Vossa Excelência.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. Claudio Sebenelo.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, em nome da minha Bancada, do Partido dos Trabalhadores, eu quero dizer ao Ver. Heinen que o dia em que ele quiser fazer um debate sobre a história do País, inclusive sobre a Intentona, nós estamos totalmente à disposição, e também nós queríamos lembrar que, neste País, não se pode esquecer, jamais, dos crimes hediondos que foram praticados durante a época do regime militar, e isso nós não esqueceremos.

Dito isso, o Ver. Carlos Todeschini fez um Pedido de Providências ao Governo Municipal. Eu havia feito um, mas eu considero o seu uma peça importantíssima, pela sua argumentação e sua consistência. O Ver. Todeschini pede (Lê.): “1. Instauração de Inquérito Administrativo para apuração de exercício cumulativo de cargos com incompatibilidade de carga horária, pelo Sr. Luiz Paulo Roseck Germano, Assessor Especialista da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, tendo em vista que o mesmo cumpria Regime de Dedicação Exclusiva - RDE - e exercia docência na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS -, na cadeira de Direito Administrativo I e II, nos turnos da manhã e da tarde, respectivamente, conforme provam os documentos em anexos”. Eu tenho todos os anexos que o Ver. Todeschini me passou (Lê.): “2. A devolução, ao erário público, dos valores havidos irregularmente, sem prejuízo das demais providências legais administrativas cabíveis ao caso”.

O Vereador Todeschini, corretamente, justifica (Lê.): “Considerando que chegou ao conhecimento deste Vereador que o Assessor Especialista Luiz Paulo Roseck Germano cumpria Regime de Dedicação Exclusiva - RDE - e exerce a docência já manifestada...” Considerando os documentos oficiais que ele anexa aqui, ele diz o seguinte, com base no artigo 36 da nossa Lei Orgânica (Lê.): “Art. 36 - O Regime Especial de Trabalho será: I - de tempo integral; II - de dedicação exclusiva. Art. 40 - O funcionário convocado para o regime especial de dedicação exclusiva fica proibido de exercer cumulativamente outro cargo, função ou atividade pública ou privada na forma do Estatuto”.

Eu tenho toda a argumentação e mais elementos, aqui, como eu tenho também a página 10, da Rosane de Oliveira; eu tenho o curriculum vitae desse cidadão cujo endereço profissional é na Av. Borges de Medeiros, 2105/606, no Centro de Porto Alegre, portanto, escritório de advocacia como foi dito nas matérias da imprensa; tenho todos os Diários Oficiais, tenho também todos os outros documentos que as senhoras e os senhores quiserem ter acesso.

Ver. Carlos Todeschini, muito obrigado, e os documentos, conforme disse o Vereador, estão à disposição. Não é o único caso que acontece na Administração Pública. Tem o caso de um advogado da CEEE, cedido para o Palácio Piratini, que também tinha situação igual ou semelhante.

Nós precisamos preservar a coisa pública; nós temos de fazer uma verificação, de ponta a ponta, sobre estas questões. São questões graves; nós, Ver. João Dib, não mencionamos o Partido político das pessoas, porque nós já vimos que, muitas vezes, os Partidos não têm uma responsabilidade direta, e nós sabemos quando têm, e aí nós vamos dizer clara e objetivamente. Nós já dissemos, algumas vezes, aqui, que, nos casos que nós levantamos, nós temos um profundo respeito pelos Partidos políticos dos Vereadores que estão aqui, que, casualmente, um caso ou outro é dos seus Partidos. Mas nós não podemos deixar também de colocar aqui algumas questões de profundo abandono da Cidade. Nós queremos cobrar uma ação. Onde está a Secretaria Municipal de Transporte e a EPTC? Eu digo e repito aqui: a EPTC não existe! Está de costas para o povo ou está “dormindo em berço esplêndido”, porque as queixas que aqui chegam são diuturnas. Além disso, queremos saber sobre esse alarde que está sendo feito o qual o Ver. Guilherme Barbosa muito bem respondeu no jornal de hoje. Desculpem-me, mas fizemos recapagem nesta Cidade como nenhum outro Governo fez, como nenhuma outra Gestão fez; o trabalho foi feito, temos comprovações, temos um ex-Secretário aqui, os colegas podem ter divergência com o Ver. Guilherme Barbosa, mas sabem da sua correção, idoneidade e do trabalho que fez na SMOV. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Aldacir Oliboni assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo Sr. Ver. Aldacir Oliboni, na presidência dos trabalhos neste momento; Srs. Vereadores, senhoras e senhores, ouvi atentamente o Ver. Adeli Sell fazendo uma colocação que nos surpreende, nos deixa completamente indignados pela situação de um advogado assinar um documento em que se compromete a não exercer outra função e recebe um salário, Ver. Guilherme Barbosa, sem comparecer ao trabalho.

Eu diria, Vereadores Sebenelo e Luiz Braz, que sou legalista: a lei existe, obedeço-a; a lei não serve, vamos mudá-la; mas nós precisamos olhar para o nosso umbigo.

Até fui mal interpretada quando dei um parecer contrário à saída de um funcionário da Casa que tinha Dedicação Exclusiva, e dentro do processo, Ver. Adeli Sell, constava uma declaração do Diretor-Presidente do Hospital de Clínicas de que ele lá exercia a função de pesquisador e tinha Dedicação Exclusiva. Isso tem que ser colocado de forma muito clara, temos a obrigação de preservar, para poder ter a legitimidade de poder falar do que está aí fora. Precisamos olhar aqui dentro, essa é uma situação extremamente grave, como vi outro dia em relação a esses pedidos de viagens. Faço uma crítica muito forte, tenho coragem, Ver. Adeli Sell, de dizer não, não pode! Só pode se tiver relação com a função. Se eu sou professora, é da área de Educação, não vai o médico; se é da área da Saúde, vai o médico. Nós temos que ter uma coerência, porque nós somos os fiscais do Executivo, e, para falar, tem que se fazer no dia-a-dia aqui. Nós temos gente aqui nossa que sabe como é o nosso trabalho. É com coragem, por quê? Porque nós temos que prestar conta para o cidadão que nos colocou aqui dentro. Então, por essa coerência, às vezes, nós pagamos um ônus muito alto. Eu tive um Projeto que entrou nesta Casa, foi protocolado e foi barrado na Comissão de Constituição e Justiça. Os fundamentos completamente equivocados. Recorreram a um artigo que diz que “nos territórios, cabe ao Executivo”. Aqui, não é território, é a Capital do Rio Grande do Sul.

Nós entramos com um Projeto em que se proíbe a cobrança indevida da tarifa de esgoto, e foi barrado por esta Casa. Aí, nós temos que dar razão a quem? À imprensa que diz que nós ficamos, aqui, um tempo enorme (preocupados) com nomes de rua. E não falamos em relação ao crime ambiental de Porto Alegre, que deveria empolgar a todos os Vereadores. Eu estive, na semana passada, no lago Guaíba. A captação da água, Ver. Haroldo de Souza, é feita abaixo do deságüe do esgoto. Eu filmei o esgoto. Eu tive medo de cair dentro daquela água. Isso aí é que nós temos que nos preocupar. E parece que, quando se tem algo importante, nós precisamos preservar a saúde. Nós precisamos preservar as condições de vida dos nossos munícipes. E o que ocorre? Nós já pagamos tantos e tantos impostos, cobrar mais tarifa para o DEP é irregular, porque nós pagamos IPTU para termos direito a quê? Ao escoamento da água da chuva, às calçadas limpas, à retirada do lixo, à iluminação. Pagamos taxa de luz. Onde vamos parar? Assim é muito fácil fazer uma Administração. Faltou dinheiro, cobra mais. Tem conta da luz? Cobra uma taxa de luz. Mas, nós, aqui, temos que estar atentos, porque, no próximo ano, haverá eleição. E o cidadão que aqui nos colocou vai estar examinando qual foi a nossa atuação, qual foi o nosso trabalho. Por isso, Ver. Adeli Sell, eu lhe dou toda razão quando fala: se tem Dedicação Exclusiva, não pode trabalhar absolutamente em lugar nenhum mais. Assim como eu tive a coragem de dizer que professor aposentado, aposentadoria especial por vinte e cinco anos, com a justificativa de que sofreu desgaste psicoemocional, não pode fazer novo concurso. Faz novo concurso, Ver. Haroldo, e aí diz: “Estou cansado, estou esgotado e só posso ficar em setor”. E nós não temos concurso para o Magistério para setorista. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Vereadores e Vereadoras, pessoas que aqui se encontram, ontem, eu falei aqui sobre as despesas do Planalto, o Ver. Adeli Sell disse que era lixo eletrônico. Tem o número da licitação ali, para a gente saber das verdades, mas até que não é muito, não, se a gente fizer uma análise mais profunda. Eu subi hoje à tribuna, para falar que finalmente, Sebenelo, nós somos iguais ao restante do País. Nós éramos, antes, um povo diferente, nós tínhamos a mania de dizermos que éramos os mais politizados, os mais honestos, enfim, nós éramos diferentes do restante do País e tínhamos orgulho disso. A gente parecia, assim, peixe fora da água. Agora está tudo igual. Nós reivindicamos e obtivemos também o direito de botar a mão naquilo que não é nosso e de achar que isso é absolutamente normal. E estou achando estranho, apesar de isso estar sendo movimentado na Justiça, que está se falando muito pouco, Ver. Adeli Sell, a respeito de possíveis irregularidades na Secretaria da Juventude, em nossa Porto Alegre. E isso precisa ficar esclarecido. Não basta o Secretário voltar a ser Vereador, e está tudo resolvido, não. É preciso que a justiça realmente vá em cima, que haja a busca da verdade, para que nós fiquemos, não sejamos iguais ao restante do País, mas sem comprovarmos quem realmente somos. E essa história dos selos da Assembléia Legislativa também me parece que está caindo meio que no esquecimento. E o Detran? Olha, o dinheiro que correu no Detran, segundo as primeiras informações da Polícia Federal, é um dinheiro considerável, para que nós tenhamos definitivamente o nosso ingresso no mundo da corrupção brasileira. Só que não podemos ficar só na ameaça, nós temos que ser iguais ao Brasil, nós não somos mais honestos do que os demais. Está provado nesses três itens: selos do macalão da Assembléia Legislativa; Secretaria Municipal de Juventude com problemas que precisam ser averiguados; e o Detran que foi o maior deles. Mas atrás desses deverão vir outros, para provar que realmente a corrupção não é um direito só do PSDB, que lançou o mensalão mineiro, nem do PTB, que continua a cópia. Não, não é. Nós somos rigorosamente iguais. Quando se fala aqui que os nossos Partidos políticos têm na sua origem aquilo que realmente todos sabem, é a mesma coisa. Nós somos rigorosamente iguais. Tanto é que a CPMF, Ver. Luiz Braz, que está causando tanto troca-troca, tantas benesses, tanto auxílio, tanto conchavo, tanto acordo em Brasília, era exorcizada como coisa do diabo pelo Partido dos Trabalhadores. Ou não era? E agora o Lula diz que é impossível governar sem a CPMF. Se o dinheiro fosse para a Saúde, nós faríamos mais um sacrifício. Mas nós sabemos que não é, porque Saúde significa remédio, hospital equipado e ambulância. E esse dinheiro da CPMF, quer no Governo Fernando Henrique Cardoso, quer no Governo Lula, não é endereçado diretamente para a Saúde não. Até o aposentado tem que receber dinheiro da CPMF.

Com relação àquele caso, em Belém do Pará, agora estão querendo culpar aquela menina de 15 anos, porque ela é débil mental. Você coloca uma menina de 15 anos numa cela com 20 prisioneiros, iam querer o quê, com 20 homens sedentos por sexo? Iam querer que protegessem a menina? E aí aquela Juíza entrevista a menina de 15 anos e manda-a de volta para o inferno. Agora estão alegando que a menina tem problemas mentais. Pior ainda para aqueles que a colocaram na cela. Mas o Brasil é assim mesmo, a gente tem é que se adaptar a isso e entender que somos um povo diferente, lamentavelmente, para o lado negativo. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Havendo quórum, passamos à

ORDEM DO DIA

 

Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa para a priorização das matérias constantes na Ordem do Dia. São elas o PLCE nº 009/07; o PLL nº 119/07; o PLE nº 023/07; PLL nº 030/05; PLE nº 022/07; PLCL nº 008/07; PR nº 063/06 e PLL nº 163/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 6819/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 009/07, que cria a Subunidade 02 na Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 048 da Macrozona (MZ) 1, define Regime Urbanístico e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,   § 1º, I, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 22-11-07.

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Em discussão o PLCE nº 009/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE n º 009/07.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Aldacir Oliboni, na presidência dos trabalhos, colegas Vereadores e Vereadoras, vejam como a observação das coisas é importante, como o tempo é determinante para a tomada de decisões. Na segunda-feira, este Projeto deveria ter sido votado ou poderia ter sido votado, já que estava na Ordem do Dia, houve todo um debate, houve a alteração aqui de comportamento, e hoje nós vamos, então, a voto. Trata-se da liberação dos índices para a construção do Foro Central, Foro Cível, em Porto Alegre, ao lado do lago Guaíba, numa área muito importante, e nós sabemos da necessidade da construção do Foro, isso é inegável. No entanto, hoje, ao nos atentarmos com relação a todos os documentos deste Projeto de Lei, nós verificamos que a Prefeitura cometeu um gravíssimo erro, um erro que, para nós, é insuperável ou o nosso voto, porque nós não encontramos o Estudo de Impacto de Vizinhança, que a Lei Federal, que constituiu o Estatuto das Cidades, determina. Portanto, nós vamos discutir esta questão porque nós achamos que uma edificação com tal impacto necessitaria do Estudo de Impacto de Vizinhança. Nós fomos ao Ministério Público, inclusive, em virtude do camelódromo – quando falo nós, estou falando da Bancada do Partido dos Trabalhadores, porque esta não é uma posição individual de um ou de outro Vereador, nós estamos discutindo aqui um posicionamento de Bancada. A respeito do camelódromo, não se trata apenas da questão que não houve a licença de operação, isso foi parte do processo, e eu acho que o grave problema é que ninguém atentou para aquilo que eu venho dizendo há mais de um ano: falta o Estudo de Impacto de Vizinhança.

Pois, como nós vamos poder aprovar um Projeto, se nós não temos o Estudo de Impacto de Vizinhança? A Prefeitura, que deve cuidar do desenvolvimento econômico da Cidade, deve cuidar para que a Cidade não pare - não culpem, depois, a nossa Bancada, e nem este Vereador, porque esse Projeto vai ter problemas, nós queremos nos adiantar, porque qualquer cidadão que amanhã entrar na Justiça e exigir o Estudo de Impacto de Vizinhança, e a Prefeitura não o apresentando, pode pedir o embargo da obra. Então, nós não queremos ser responsáveis por “pagar esse mico”. Nós temos responsabilidades com a Cidade, inclusive a obra que nos foi apresentada tem elementos arquitetônicos importantes que tentam superar os limites daquela área. E isso tem que ser elogiado por parte de quem fez a contratação, que, no caso, foi o Foro Central de Porto Alegre, e os profissionais que o fizeram, que têm o nosso respeito e nossa consideração, mas quando a nossa Bancada, ao se debruçar hoje, como fizemos todas as quartas-feiras de manhã - e por isso nós temos posição de Bancada -, verificamos que não havia sido feito e Estudo de Impacto de Vizinhança, nós não poderemos votar favoravelmente a esse Projeto do jeito que está. Haverá problemas? Poderá haver problemas, mas não seremos nós os responsáveis por essa questão. Se o Governo é um Governo descuidado, se é um Governo leniente com a legislação, se é um Governo que faz com que suas Secretarias não exijam as questões que têm que ser exigidas, como não fez no caso do camelódromo - porque parece que para esse Governo escrever leis de forma equivocada, com erros grosseiros, é uma tônica -, aqui há oposição vigilante, que, por isso, cobra o Estudo de Impacto de Vizinhança. Não há, não há voto. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07. (Pausa.) Desiste. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, este Projeto, como disse o Ver. Adeli, é um Projeto que busca alteração, aqui perto do Foro Central, para a construção de um edifício de 22 andares, onde o nosso Foro vai atender a uma grande demanda do dia-a-dia do cidadão que busca a Justiça na cidade de Porto Alegre. Como os senhores sabem, nós temos, em Porto Alegre, os chamados Fóruns Regionais, que são vários, que atendem às demandas das Regiões, mas a grande demanda da Justiça Estadual comum em Porto Alegre é atendida aqui no Foro Central.

Eu participei daquela Audiência promovida pela Presidência da Casa, a pedido da Verª Sofia e da Verª Clênia, oportunidade em que o arquiteto Iran fez uma longa explanação sobre a matéria, vários Vereadores lá estiveram presentes e puderam questioná-lo. Qual é a altura permitida para aquela área hoje, Srs. Vereadores? Naquela área, hoje, é permitido construir até 50 metros, Verª Margarete. O pedido que vem à Casa é de 78 metros mais o subsolo, e é feito dessa forma porque se trata de uma Área Especial, Ver. Ervino - como o Centro é uma Área Especial, a orla do Guaíba é uma Área Especial; se não me engano, a Praia de Belas é uma Área Especial -, e nas Áreas Especiais temos que votar Projeto a Projeto, e é por essa razão que vem a esta Casa Legislativa para autorizar a construir além daquilo que a Lei permite.

Já há precedentes em relação àquela área, são vários; aqui do lado, por exemplo, envolvendo o próprio Tribunal Federal, o Ministério Público Federal, cuja autorização também passou por esta Casa. Então, na verdade, esta Casa não está abrindo uma exceção, ela está votando um Projeto que já tem outros que vieram na sua esteira neste diapasão.

Aí surge uma questão que eu não sei se há tempo para corrigir, Ver. João Dib: eu conversava com o arquiteto Ferraro, que é um especialista nessa matéria, e ele me disse que a atividade desse prédio é mista. Isso está errado, está dito aqui na Lei, porque, se é atividade mista, eu posso construir apartamentos, e não é essa a questão, se trata de um órgão público estadual. Então, quem sabe, Ver. Dib, o nosso Ferraro pudesse construir uma Emenda para corrigir isso.

Em segundo lugar, eu acho que tem uma série de artigos aqui, eu também li rapidamente, que poderiam ser suprimidos e vinculados à aprovação do Projeto que foi anexo. Não tem fundamento falar em aprovação de Projeto se o Estudo de Viabilidade tem que vincular o projeto que foi feito. Então, não são erros graves; não são. Podem corrigir, podem não corrigir e, afinal de contas, a obra vai sair. Mas acho que a Casa poderia fazer isso se nós tivermos tempo, na medida em que nós estamos ainda na fase da discussão.

De qualquer forma, Presidente, Ver. Oliboni, nós tivemos, Ver. Adeli, a partir de 1996, com a criação dos juizados especiais, um grande avanço no Brasil, não só no Rio Grande do Sul, mas o Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, tem sido pioneiro nisso. Eu quero dizer para os senhores que militei muito na advocacia, no dia-a-dia, até chegar à Vereança, portanto posso dizer que o nosso Foro hoje não consegue atender às demandas da nossa Cidade. São milhares de pessoas que aportam naquele Foro Central. Ali estão as Varas da Infância e da Juventude; ali estão as Varas de Execuções Criminais; ali estão as Varas da Fazenda Pública; ali estão as Varas Cíveis e Criminais, portanto esse modelo que o nosso arquiteto Iran trouxe tem enormes inovações. Por exemplo, vão se concentrar, Ver. Dib, num andar, as audiências. Então, não vai haver aquela questão de você ter uma sala para o juiz juntamente com o cartório, cada cartório tem uma sala, já que se tem audiências duas, três ou quatro horas por dia. E como está o Foro Central hoje, aquelas áreas ficam todas inutilizadas o resto do tempo. Se se tem concentrado num andar as salas de audiência, significa que vai se ter um rodízio, significa que vão ser ocupadas na sua inteireza. Mas, mais do que isso, Presidente, já encerro, nesse novo prédio vai haver um sistema pelo qual o advogado aperta um botão, protocola seu processo, sua petição, sua contestação, sua petição inicial e vai embora, não precisa sequer estacionar. Então, é um sistema altamente moderno.

Portanto, acho que esta Casa há de aprovar esse Projeto, porque quem vai ganhar – e quem mais depende do dia-a-dia da Justiça – é o nosso povão, o nosso cidadão espezinhado pelo Poder Público que tem que recorrer à Justiça, e uma Justiça célere traduz melhores condições de vida para a cidadania. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Aldacir Oliboni, colegas Vereadoras e Vereadores, demais pessoas que nos acompanham, a partir de segunda-feira, para quando, de forma indireta, ficou adiada a votação desse projeto, nós começamos a estudá-lo. Tivemos, inclusive, a oportunidade de conversar com o profissional, autor do Projeto, arquiteto Iran, que está aqui presente, e analisamos todas as condições desse Projeto do Executivo para permitir a construção do novo prédio da Justiça Estadual. Já foi dito pelo Líder, Ver. Sebastião Melo, que se trata - estabelecido no atual Plano Diretor - de uma área com Regime Especial, muito distinta de vários outros locais de nossa Cidade. Para dar uma idéia aos senhores, não é uma situação comum, já se permite, para construção naquele local, o índice construtivo quatro, ou seja, em outras palavras, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental atual determina a possibilidade de que se construa quatro vezes mais da área do próprio terreno. Não é uma situação comum na Cidade, em situações muito raras chega-se a um índice construtivo como esse, e é preciso marcar isso. Portanto, já dá uma condição muito vantajosa de construção naquele local. Repito, é uma exceção aberta pelo Plano Diretor, exceção pelo lado positivo, de construir muito naquele local, Ver. João Dib.

Em segundo lugar, como foi dito pelo Ver. Adeli Sell, a construção que se pretende nesse Projeto é bastante alta. Todos nós estamos acompanhando a mobilização da comunidade, que não aceita que em muitos locais da Cidade se tenha construções com 17 pavimentos. Isso vai ser reduzido agora, inclusive a proposta do Executivo vem nessa direção, que essas edificações mais altas, Ver. Luiz Braz, com 17 pavimentos, fiquem só nas grandes avenidas. Pois bem, a proposta arquitetônica construída a partir da aprovação, se resultar aprovado o Projeto do Executivo, vai a 27 pavimentos, 10 pavimentos a mais daquilo que a população de Porto Alegre já considera excessivo.

Terceiro lugar, é uma região muito próxima do Lago Guaíba, praticamente na cara do Guaíba, mais um complicador. E nos chamou atenção, muita, buscando o processo, Ver. João Antonio Dib, embora esta Casa já tenha aprovado, que o terreno tenha sido adquirido pela Justiça sem que tenha havido avaliação pela Secretaria da Fazenda. É um caso sui generis. De qualquer nesga de 100 metros quadrados, 200 metros quadrados, é feita a avaliação pela Secretaria da Fazenda, Eduíno, e esse terreno não foi avaliado. É outra questão importante.

E outro dado significativo que nós queremos deixar neste plenário é que atrás desse terreno existe um outro, de uma grande construtora do nosso Município, que com certeza vai querer situação semelhante a essa que nós vamos dar, se o Projeto for aprovado, espero que não, a esse empreendimento, Ver. Ismael. Existe um terreno logo atrás, na direção da Av. Borges de Medeiros, que vai querer uma situação semelhante a essa.

E, por último, gostaria de dizer que mais adiante, perto dos edifícios da Rua Celeste Gobbato, já há o planejamento, está se encaminhando, Ver. Dib, da construção de um prédio do Ministério Público do Trabalho. Se nós abrirmos essa porteira, esse outro prédio vai tirar totalmente o sol dos prédios da região da Rua Celeste Gobbato. Se nós deixarmos essa porteira aberta, não vai ter mais como segurar, nem para os edifícios da empresa privada, grandes empresas do nosso Município, na direção da Av. Borges de Medeiros, de frente para a Av. Ipiranga, e nem depois para o Ministério Público do Trabalho.

Portanto, ao votar esse Projeto, assim como mandou o Executivo, nós não estaremos votando apenas esse Projeto. É importante que todos nós nos demos conta disso: aquela região vai mudar demais, nós vamos ter um impacto ambiental muito grande sem que tenha havido - vamos repetir - uma Audiência Pública para estudar o Impacto de Vizinhança. Muito obrigado, era isso o que eu tinha a dizer.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores; Ver. Elói, não é de hoje, não é com este Plano Diretor, isso já vem ao longo da história, não da nossa Cidade, mas de todas as cidades, que as Administrações, de acordo com os seus planejamentos, liberam, de vez em quando, Projetos Especiais em determinadas regiões da Cidade.

O que o Ver. Guilherme acabou de falar é que, se a Administração libera um Projeto Especial para uma faixa da Cidade, todo mundo começa a ter direito a fazer obras com os mesmos índices que foram liberados para aquela construção considerada especial.

Ora, não é assim. São várias as regiões da Cidade, Ver. Guilherme. V. Exª sabe disso: é um homem bem qualificado para falar sobre esta matéria. Mas V. Exª sabe que, quando o Município, se aprovado este Projeto, liberar a criação desta Subunidade 02, estará, na verdade, numa condição especial, por causa dos problemas colocados aqui neste Projeto, fazendo esta liberação. Mas não estará abrindo porteira nenhuma. Não concordo com Vossa Excelência.

 

O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, em tese, V. Exª tem razão, mas todos os fatos que citei são de terrenos lindeiros a estes dos quais estamos falando. Não é em outra região da Cidade. É naquela, que é toda especial no atual Plano Diretor, em terrenos lindeiros.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sim, mas V. Exª sabe que, para Projetos Especiais, assim como este - aqui fala em 78 metros - precisa realmente de uma aprovação especial tanto do Conselho do Plano Diretor como, neste momento está sendo feito, submetido o Projeto à Câmara Municipal.

 

O Sr. Guilherme Barbosa: Sim, eu falei isso, mas vai ficar difícil nós trancarmos para esses outros, que são lindeiros na mesma região, se nós abrirmos essa porteira. Eu acho que é uma necessidade real da Justiça, mas...

 

O SR. LUIZ BRAZ: V. Exª sabe que as administrações públicas vão ter toda a responsabilidade de fazer essa liberação como um Projeto Especial que este é, mas se for para liberar em todo o entorno, Ver. Elói, o que vai acontecer é que vai ficar impraticável para todas aquelas pessoas que moram ali no entorno. Imaginem um paredão dessa altura; não se vai ter como sobreviver naquela região. Só que essas coisas não ocorrem assim; libera-se um Projeto Especial porque se vê que existe uma necessidade. Há um problema de liberação para estacionamento para o Foro, coisas assim; então, existe a necessidade de fazer essa liberação. Mas é para resolver esse tipo de problema. Com os afastamentos...

Um dos itens do Projeto, que nós estamos também discutindo lá na revisão do Plano Diretor, é a questão dos afastamentos. Eu acho que o problema das alturas não é um problema tão importante para a vida da Cidade como são as alturas em relação aos afastamentos. O edifício não precisaria ser limitado a 52 metros como nós estamos limitando com o novo Plano Diretor e como está atualmente na Cidade; nós poderíamos tornar as alturas ilimitadas se discutíssemos bem a questão dos afastamentos, porque, com os afastamentos, você vai ter um prédio muito alto, mas numa região muito ampla, completamente urbanizada, preparada para que aquele prédio possa existir naquela região. E nós não estaríamos cometendo, em regiões da Cidade, nenhum crime se realmente se permitisse que um edifício pudesse existir com alturas superiores a 52 metros, que são as alturas tidas como máximas dentro do Plano Diretor.

É claro que dentro do próprio Plano nós temos a possibilidade da liberação dos tais “Projetos Especiais”, Ver. João Dib, V. Exª que é um craque neste assunto. Os Projetos Especiais existiam no passado, continuam existindo no presente e estão adequados à necessidade das administrações. Agora, esta Administração, por causa dos problemas localizados naquela região, construção do Foro, por causa dos estacionamentos que deve haver, vê a necessidade de liberar um Projeto Especial exatamente assim, nesses moldes, e é por isso que não vejo realmente o perigo de haver outras construções no entorno que estariam infelicitando a vida daquela população.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Ver. Luiz Braz, quero dialogar com a sua argumentação. Em primeiro lugar, quero dizer que temos pleno conhecimento das dificuldades que o Foro enfrenta no seu dia-a-dia. O trabalho dos juízes é bastante insalubre nas salas atopetadas de Processos; achamos e entendemos extremamente necessária a construção de um novo prédio. Mas, Ver. Luiz Braz, o problema não é existirem os Projetos Especiais, apesar de que, por este motivo, ou na forma de Projetos Especiais, acho que a cidade de Porto Alegre tem aprovado alguns projetos inclusive em Áreas de Interesse Cultural. Eu acho que estamos, por meio dos Projetos Especiais, deixando de observar Impacto de Vizinhança, etc., etc. De qualquer maneira, o problema aqui não é ser um Projeto Especial, e por isso passar qualquer coisa. Acho que aqui, caros Vereadores - eu chamo a atenção de todos vocês - nós estaremos definindo um novo padrão para a orla da cidade de Porto Alegre, esta é que é a verdade, porque, hoje, o prédio do IPE, ou o mais alto, que é o Centro Administrativo, chega, pela informação que tenho, a 21 andares. A regra geral para essa área é de 50,4 metros, 50,2 metros de altura. Nós temos, portanto, uma possibilidade da Cidade, de vários morros, de enxergar o rio Guaíba, o rio, a preservação da nossa paisagem nessa beira do Guaíba. Eu não penso que legisladores devam achar isso pouco importante, muitos de vocês vêm à tribuna e exaltam as qualidades naturais de Porto Alegre para fins de turismo, que são pouco aproveitadas, e, certamente, uma delas, Ver. Braz, é a nossa paisagem da beira do Guaíba, nosso lago Guaíba.

Então, nós, concordando com um prédio na altura de 83 metros, estaremos estabelecendo um novo padrão. Por que digo isso? Porque há vários terrenos ali, inclusive de iniciativa privada, que não aceitarão uma justificativa diferente para eles e para o Foro, e esta Casa terá que ter coerência.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, V. Exª sabe que não apenas em nossa Cidade, em muitas outras metrópoles nós temos prédios bem mais altos do que o padrão normal estabelecido para a cidade. O Plano Diretor que estamos votando - e no qual V. Exª tem trabalhado também - está estabelecendo um padrão que vai ser o padrão para a Cidade. Mas esses Projetos Especiais destoam exatamente por causa da necessidade de uma região - daquela região ali, por exemplo, quando está destoando, exatamente por causa da necessidade que nós temos lá de estacionamento. Então, não é que vai turvar a vista das pessoas que moram lá ao redor, mas eu acredito que o que nós temos que ver é que não vão ser vários prédios: é um prédio que vai surgir lá, exatamente de acordo com a licença que esta lei está realmente dando.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Braz, é um prédio agora. Nós sabemos que há um empreendimento logo ao lado, que já está sendo projetado. Certamente, no caso de esta Casa alterar o índice para o prédio do Foro, virá uma alteração de índice para esse prédio, para esse empreendimento privado.

Então, eu acho que nós precisamos ter mais cuidado com este tema. Eu quero, desejo e quero viabilizar o prédio para o Foro. Agora, nesta altura, nós criamos um novo padrão que não me parece aconselhável para a orla.

Temo, também, que estejamos tomando uma decisão que a Cidade, Ver. Sebastião Melo, que será o nosso Presidente da Câmara, que eu não gostaria, Ver. Sebenelo, que a Cidade se surpreendesse com esse prédio e dissesse: “Mas como? O Conselho do Plano Diretor discutiu, a Câmara de Vereadores discutiu, e o povo onde ficou?” Porque Audiência Pública chamando a Cidade para discutir - já que é projeto especial e já que tem que alterar o Plano Diretor - não aconteceu.

Portanto, senhores, eu inclusive, aqui, reconheço que os juízes se dispuseram, o pessoal da Rua Celeste Gobbato queria uma reunião, eu intermediei, acabou não sendo muito divulgada por problemas da comunidade; mas é diferente de audiência pública prevista em lei.

Eu penso, Verª Maria Celeste, nossa Presidente, que esta Casa tem que cumprir a lei também quando legisla, Ver. Haroldo. E nós vamos alterar índices, aqui, sem ter havido uma audiência pública? Eu gostaria de ouvir a opinião dos nobres Edis sobre isso. Não tenho condições de votar usurpando a vontade da Cidade. Então, eu penso que nós deveríamos discutir um pouco melhor e exigir do Governo a audiência pública, ou a própria Câmara realizá-la.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLCE n° 009/07.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a Casa é chamada a deliberar, a discutir matéria extremamente relevante, por se tratar de autorizar, em caráter excepcional, volumetria e altura, não aquelas vigentes. Eu acho - quero colocar aqui o meu depoimento - que a Casa, efetivamente, detém competência, nem preciso colocar, autoridade para proceder, autorizando medidas de caráter excepcional. Evidentemente, trata-se de questão sensível na medida em que altera, sim, os parâmetros; o que efetivamente preocupa, principalmente, Srª Presidente, Srs. Vereadores, essa questão da altura. Nós temos uma responsabilidade muito séria. E, nesse sentido, penso que nós deveríamos discutir esta matéria, não apenas hoje, embora ela venha sendo discutida, mas, Ver. Luiz Braz, não decidir hoje esta matéria, para que se possa maturar isso.

Com relação a essa questão das alturas, vejam, eu ainda não tenho, vamos dizer assim, um limite sobre o qual se poderia dizer: “Olha, não pode passar disso!”, a meu juízo. É uma questão que depende de uma série de fatores. Aqui se colocou a questão da distância do ponto de vista horizontal, dos espaçamentos que devem ser estabelecidos, mas, de qualquer forma, trata-se de espigões. E quero confessar, aqui, que penso que nós temos de estabelecer limites sim; embora se possa, em caráter excepcionalíssimo, autorizar determinadas situações, após uma profunda análise de impacto aéreo, ambiental, de vizinhança, etc. e etc.

Não partilho das preocupações do Ver. Guilherme Barbosa, de que isso determinaria um antecedente compulsório. Absolutamente não. Creio que a Casa detém a capacidade de, segundo seu entendimento, barrar determinadas iniciativas.

Agora, gostaria de colocar, aqui, que deveríamos continuar por, pelo menos, mais uma Sessão discutindo a matéria - embora nada quanto ao mérito -, no que respeita as necessidades materiais do Foro, enfim, de resto, do Judiciário da nossa Cidade, do nosso Estado.

Penso que se pudéssemos, Presidenta, continuar, pelo menos, por mais uma Sessão debatendo a matéria, seria importante, do ponto de vista de uma decisão de tanta significação. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07, por cedência de tempo da Verª Margarete Moraes.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, queria resgatar, aqui, uma história recente de debates sobre essa mesma área. Lembro de que fizemos várias reuniões, quando o Secretário do Planejamento era o Newton Burmeister. Os mais antigos, aqui, que têm três mandatos, se lembram, foi dito que era um escândalo fazer a Pista de Eventos, porque as arquibancadas eram muito altas. Lembram disso? Eu não esqueci. Então, “devagar com o andor”.

Nós queremos o Foro Central; se algum Juiz ou Desembargador estiver nos ouvindo: nós temos todo o interesse em resolver o problema. Foi-me alertado, há pouco, de que o Estudo de Impacto de Vizinhança pode ser, ou até deve ser, posterior. Não é a leitura que nós temos até o momento. E não é a leitura que eu tinha, tanto que eu vinha insistindo sobre a questão do camelódromo, pela falta de estudo de Impacto de Vizinhança.

Nós temos que fazer uma discussão serena e tranqüila para resolvermos todos esses problemas, porque não basta aqui aprovar e termos querelas na Justiça depois de amanhã. Então, nesse sentido, eu quero alertar as Sras. Vereadoras e os Srs. Vereadores, e já pude verificar que outros Vereadores têm as mesmas preocupações que nós temos, outros têm dúvidas: nós queremos aprovar algo aqui que não tenha problemas para o futuro de Porto Alegre, principalmente para o entorno daquela região.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, o Estudo de Impacto de Vizinhança vai ser, eu acredito, melhor regrado, agora, logo no decurso desse estudo que nós estamos fazendo com relação ao Plano Diretor, mas ele, praticamente, é o mesmo Estudo de Impacto Ambiental, ele vai ter praticamente o mesmo teor. Tanto é que existe um estudo, que parece que vem aqui para a Casa, igualando esses estudos.

 

O SR. ADELI SELL: Eu acho que é um pouco diferente, na minha concepção. Porque você pode ter algo que preserve o ambiente natural, o ambiente cultural, no caso de prédios de patrimônio; a vizinhança está muito mais no incômodo da questão da ventilação, na questão do incômodo de visibilidade da paisagem natural, que é um pouco diferente do chamado Estudo de Impacto Ambiental, o EIA, e, em alguns casos, às vezes, o RIMA, que é o Relatório de Impacto Ambiental, que é mais aprofundado, segundo os meus parcos conhecimentos nessa área.

De toda a maneira, nós queremos votar com serenidade e tranqüilidade essa questão e achamos que há esses inconvenientes e esses problemas. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereadora-Presidenta, quero explicar aos cidadãos que nos acompanham, que nós estamos elaborando algumas Emendas, inclusive o Ver. Dib, e por isso é preciso que a discussão continue. Coerente com a minha fala, mas com a discussão que a nossa Bancada fez, nós entendemos que podemos contribuir, com a cautela que é necessária nesses temas, estabelecendo que o licenciamento desta obra deve ser precedido, estará condicionado a uma Audiência Pública, para que a população possa se manifestar sobre ela, e também a estudos de Impacto Ambiental e de Vizinhança. Achamos e gostaríamos de dialogar - Ver. Elói, senti sua preocupação -, pois nós não podemos, em pleno debate do Plano Diretor, quando a ânsia da Cidade é que se controle alturas, que se controle o direito à paisagem, o direito à paisagem que cada vizinho tem, nós não termos estes cuidados, deste debate se realizar com a Cidade nesta área tão delicada.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia, acompanho atentamente a manifestação de V. Exª dada à natureza da deliberação que a Casa vai dar nos seus naturais reflexos. Parece-me que, materialmente, fica difícil de se colocar em prática esta colocação de Vossa Excelência, porque a deliberação da Casa transforma o Projeto, com a sanção do Prefeito, em Lei. Então, a posteriori, condicionar-se a deliberação a uma Audiência Pública, fica extremamente complicado, porque esta Audiência Pública de antemão não tem objeto, porque já foi deliberado. Veja Vossa Excelência, apenas para colaborar com Vossa Excelência.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Elói, é verdade que podemos ter aí uma querela jurídica, mas ao estabelecermos um índice construtivo, ele não necessariamente poderá ser utilizado ao máximo. Ao estabelecermos uma altura - temos que ver os termos da lei -, ela poderá ser utilizada ao máximo, deverá; essa mediação poderá ser construída no diálogo com a Cidade. Com certeza, temos que ter esse cuidado para não elaborarmos uma lei contraditória em si, que inviabilize um dos artigos, e inviabilize a obra eternamente, e não viabilize o que de fato queremos fazer, que é proteger o nosso patrimônio, proteger as características da nossa Cidade.

Volto a insistir que o sucesso do Turismo de uma cidade é muito menos por ter um grande diferencial, e, muito mais pela sua identidade cultural, pela preservação das suas características históricas aliadas com a modernidade.

Se visitarmos Barcelona - cito aqui a Europa -, mas poderia citar Gramado e Canela, que foram extremamente felizes em estabelecer um estilo, critérios; todos que lá edificam têm esse cuidado. Então, a cidade dá uma sensação maravilhosa de se estar num lugar diferente, de respirar uma cultura diferente, no patrimônio, na alimentação, na música, nas festas, etc.

Temo que Porto Alegre se descaracterize totalmente ao trabalharmos com cada projeto isoladamente, ao criarmos projetos especiais que não têm nenhuma preocupação com o entorno, com a vizinhança, com a paisagem; especialmente com a orla – que é o maior encanto que temos -, o nosso pôr-do-sol é maravilhoso. Tratarmos pontualmente, não avaliando as repercussões desse tipo de interferência, considero bastante preocupante. Sou da opinião de que é preciso mais reflexão e algumas salvaguardas, e estamos apontando algumas nessa Emenda, a qual espero que tenha a acolhida sensível dos Vereadores.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo a Emenda nº 02, de autoria dos Vereadores Sofia Cavedon e Adeli Sell, ao PLCE nº 009/07 (Lê.): “O licenciamento da edificação estará condicionado à realização de Audiência Pública na qual serão apresentados os relatórios de impacto ambiental e de vizinhança”. Assina a Verª Sofia Cavedon e o Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada do PT.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07, por cedência de tempo do Ver. Bernardino Vendruscolo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, o nosso agradecimento ao colega Ver. Bernardino Vendruscolo pela cedência do tempo. Volto a esta tribuna para colocar outras questões que não tive oportunidade de comentar na fala inicial. Verª Sofia, quero a atenção de Vossa Excelência. Este Projeto entrou na Prefeitura para estudo de viabilidade urbanística no início do ano. Como se trata de mais de 30 mil metros quadrados, ele é um Projeto que tem que ir direto para a CAUGE, que é a Comissão que reúne todas as Secretarias atinentes à aprovação ou não de projetos. A CAUGE lançou as diretrizes que fazem relação a projetos como este. Lançou as diretrizes e, ao fazer o lançamento das diretrizes, este Projeto vai ao Conselho do Plano Diretor, que é o caminho pelo qual ele deve percorrer. Chega ao Plano Diretor, que o analisa e diz que para construir neste terreno, é preciso mais índice construtivo. O que faz o Governo? O Governo remete para a Câmara, porque mudança de índice construtivo, os Srs. Vereadores sabem que não pode ser feito pelo Executivo sem passar pelo Legislativo. Vem à Casa e a Casa delibera ou não sobre a matéria. Faço este histórico para dizer a Verª Sofia que as suas preocupações, que são as minhas também e do resto da Casa, têm um leito natural para serem resolvidas. O Plano Diretor não foi ouvido, ainda, sobre o mérito da matéria. Ele apenas, em preliminar de discussão, diz que é preciso o índice para analisar, porque não se pode analisar. Ora, existem dispositivos nas nossas legislações municipais que se não forem cumpridos, o empreendimento não poderá ser realizado. Então, eu vejo que nós não estamos, aqui, cometendo nenhum desacerto, porque não compete a nós fazermos audiência pública; não compete a esta Casa fazer audiência pública; não compete a esta Casa analisar essas outras questões. Compete a esta Casa dar índice construtivo ou não. Concedo, prazerosamente, a V. Exª, um aparte.

 

 A Srª Sofia Cavedon: Ver. Sebastião Melo, diferente da sua característica, enquanto na oposição, V. Exª está sendo muito generoso com o Governo Municipal. Eu estou tendo, na marra, que aprender os processos de liberação de obras, e etc., para responder a minha tarefa de Vereadora. A CAUGE, hoje, é um procedimento extremamente sumário, procedimento único, não tem mais o ”filhote” que vai para cada Secretaria; é verdade, que no sentido de agilizar, mas não tem garantia nenhuma ali, são diretrizes. E nós já vimos, lamentavelmente, uma importantíssima obra que a Prefeitura está fazendo que não tinha licença de instalação, que é o camelódromo, que aí, sim, têm que ser apresentados todos os projetos decorrentes das diretrizes tiradas lá, etc. e etc., e a licença prévia. Portanto, acho que não é pequeno ou injustificado o meu temor. Quer dizer, nós não temos uma justificativa suficiente para simplesmente aumentar altura e índice. Nós não temos, na CAUGE não foi feito isso, um estudo de impacto de vizinhança, Ver. Sebastião Melo; não tem estudo de impacto ambiental, etc., e nem estudo da questão do trânsito. Veja, ali há alterações importantes, que eu acho que o Foro, positivamente, influenciará para concluir ruas e pontes que são necessárias. Acho muito interessante, só que vai depender de o Governo querer fazer, ter vontade política e orçamento para tal. Então, nós estamos-nos antecipando e dando, digamos, um cheque em branco, em aumentar a altura desse jeito, e índice construtivo dessa forma, porque, de fato, não temos todos pareceres que nos cercariam de cuidados. Muito obrigada.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Sebenelo, eu teria a maior honra, mas estou com o meu tempo esgotado. Mas eu quero só dizer a Verª Sofia - não tendo tempo - que o linguajar jurídico diz que a gente não contesta uma ação sem saber o teor da acusação. Veja bem, eu não posso dizer se terá audiência pública ou não. Eu só posso dizer que a mim, como fiscal, se a Prefeitura não atender a tudo que a lei determina, serei o primeiro a representar no Ministério Público, contra o Judiciário, porque assim já fiz várias vezes. Mas eu não posso me antecipar a isto, porque o que está deliberando esta Casa, é se nós damos índices construtivos para aumentar a altura de uma área que permite 50m de altura, e nós estamos permitindo 75, mais o subsolo. É isso que nós estamos deliberando. Nós não estamos deliberando outra coisa. Avançar isso é avançar no banhado. Portanto, encerro, Srª Presidenta, com a certeza de que o Projeto está maduro para ser votado, mas respeitamos as posições diferentes. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, eu ia fazer um aparte, dentro do aparte da Verª Sofia Cavedon, ao Ver. Sebastião Melo, porque ela dizia que nós tivemos uma obra na Cidade que não tinha uma documentação pronta e adequada. Realmente, ela tem razão.

Por falar em documentação pronta e não-adequada, Vereadora, faltavam meses para terminar a Administração do Partido dos Trabalhadores, e o prédio da SMOV não tinha alvará de funcionamento. Essa questão, que eu acho errada, não invalida a reclamação da Vereadora Sofia Cavedon - que é a Vereadora que mais usa o telefone nesta Casa, no bom sentido -, não invalida algumas coisas que eu acho que, neste Projeto, a gente tem que levar em consideração.

Eu prefiro transferir a data, eu prefiro que tenha o Impacto de Vizinhança, concordando com a Vereadora; eu prefiro que haja alguns outros elementos que, eventualmente, possam faltar a aprovar, depois, uma questão que eu acho mais delicada, especialmente pela localização, Ver. Luiz Braz, no complexo imenso que se transformou a Celeste Gobatto e vizinhanças, especialmente pela sua localização, ao lado de uma reserva biológica muito grande - o Arroio Dilúvio - extremamente próxima ao rio Guaíba. Acho que esta questão deveria ser mais estudada, apesar de que, se houver esta necessidade - isso não precisa demorar meses, pode ser questão de semanas -, acho que aí poderíamos votar. Eu ainda tenho dúvidas a respeito do flanco que vai se abrir, especialmente no momento em que estamos nos preparando para votar o Plano Diretor, que está cheio de dificuldades, que está cheio de discussões, de debates, mas que a Cidade toda, ao contrário do que dizem, está debatendo. Mas eu acho que temos que ser um pouco mais severos. Vamos perguntar que cidade queremos para nosso filhos, que cidade queremos para nossos netos, que cidade queremos, abrindo mão de algumas coisas que eu acho que não podem ser policiadas, que não podem sofrer influências, que não podem ser pressionadas, a não ser por um trabalho dos Vereadores, em si, que demonstrem o interesse em não abrir mão de uma Cidade que precisa de mais ar, de mais grama e de menos cimento.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, este processo está amplamente discutido; há dúvidas de todos os lados, e eu quero fazer a proposição de uma emenda, fazendo algumas alterações. A primeira das alterações que quero propor é que, no art. 2º, a atividade do inciso II seja substituída apenas por “órgão público estadual”. Proponho também que sejam eliminados os art. 5º, 6º, 7º e 8º, e que se coloque um novo art. 5º. (Lê.) Onde é vinculado “...se vincula a essa Lei Complementar...” - esse é o texto - “... o anteprojeto arquitetônico anexo - EVU - para o Foro Cível, abril de 2007, e a aprovação do projeto arquitetônico deverá respeitar o anteprojeto, em especial atenção para a integração do prédio na paisagem urbana.”

Eu creio que, com isso, Srª Presidenta e Srs. Vereadores, nós conseguimos sanear todas as dúvidas apresentadas em razão de meio ambiente, proteção, vistas; enfim, nós colocamos ordem na Casa e fazemos com que o Projeto seja perfeitamente viável, não deixando nenhuma dúvida para o futuro.

Portanto, Srª Presidente, eu estou terminando de redigir e vou encaminhar à Mesa a Emenda assinada pela Liderança - porque assim deve ser -, no momento da discussão da matéria. Saúde e Paz!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/07, por cessão de tempo do Ver. Dr. Goulart.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós continuamos refletindo, evidentemente, sobre a importância e o peso da matéria sob nossa responsabilidade. É evidente que competência não se reparte, não se distribui, não se socializa. Quem tem competência tem que assumir as responsabilidades decorrentes da investidura da própria competência.

Mas nós gostaríamos, Srª Presidenta, de saber da possibilidade de se votar essa matéria não hoje. Evidentemente, nós teríamos que fazer uma consulta à base, à Líder Verª Clênia Maranhão, porque nós gostaríamos de distribuir o peso em nossos ombros, inclusive com o Poder Judiciário, a instituição extraordinária do nosso Estado, com a responsabilidade que tem, porque eu aqui estou com a Emenda encabeçada pela Verª Sofia Cavedon, e já, em aparte, fiz as minhas observações. A Casa, uma vez deliberando, está deliberado, e deliberado está. Uma audiência pública, ali na frente, seria trabalhar algo que está definitivamente decidido. A palavra da Casa é final, é definitiva; votando aqui, está, definitivamente - a meu juízo - encerrado o processo.

Então, esta questão é delicada, já referimos anteriormente, é um impacto para uma situação extremamente complexa. Nós teremos aí uma torre ascendendo 70 metros. Então, é algo que tem reflexos, conseqüências múltiplas, sob todos os aspectos que pretendermos analisar; inclusive, a questão visual, a questão que envolve todos esses aspectos que são importantes do ponto de vista ambiental, os impactos do ponto de vista das atividades de circulação, etc. e tal.

Então, eu não sei que mecanismos teríamos para tentarmos minimizar a presente matéria, mas o fato de transferirmos uma votação para a próxima segunda-feira, envolveria todo o empenho da Casa, para não dizer toda a angústia da Casa, para não dizer todo o sofrimento da Casa por uma matéria que nós não discutimos a necessidade - é bom que se diga que o Judiciário tem essas necessidades. Agora, todavia, os juízes somos nós; o Poder Judiciário, nesta matéria, exatamente, é a Câmara Municipal de Porto Alegre. E a ela competirá dar a sua sentença. E uma vez dada a sentença, ela é definitiva e vai ter as suas implicações ad aeternum. Portanto, fica aqui esta colocação, para que se vote na próxima Sessão Ordinária a presente matéria.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos a Emenda 03, de autoria do Ver. João Antonio Dib, ao PLCE nº 009/07. (Lê.) “Altera o texto do art. 2º, inciso II, que passa a ser: Atividade - órgão público estadual; suprime os artigos 5º, 6º, 7º e 8.º; inclui novo art. 5º com o seguinte texto: art. 5º - a presente Lei Complementar está vinculada ao anteprojeto arquitetônico anexo (EVU - Foro Cível, abril de 2007). Parágrafo único: a aprovação do projeto arquitetônico deverá respeitar o anteprojeto com especial atenção para a integração do prédio na paisagem urbana. Justificativa: da tribuna, assina Ver. João Antonio Dib, Líder do PP”.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº 009/07 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4045/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 119/07, de autoria do Ver. Almerindo Filho, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Ernesto Vilaverde Fagundes.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 28-11-07, por força do art. 81 da LOM.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 119/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 119/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 8247/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 023/07, que autoriza o Poder Executivo celebrar contrato de parcelamento de dívida junto à Caixa Econômica Federal, relativo ao Seguro Habitacional, do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH, decorrente  de débitos contraídos pelo Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB, com garantias do Município, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Mario Fraga: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 28-11-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLE nº 023/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Peço um minuto de pausa, para fazer a negociação de uma troca de votação, é possível?

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Acolhido o Requerimento do Ver. Adeli Sell, que solicita um minuto para discussão do próximo Projeto.

Estão suspensos os trabalhos.                 

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h44min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 16h48min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0619/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que dispõe sobre a organização e a integração dos serviços públicos de segurança municipal por meio das Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) e dá outras providências. Com Emendas nos 02, 03, 04.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 02 e 04, e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 03;

- da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia: pela rejeição do Projeto e das Emendas nos 02, 03 e 04 (Empatado);

- da CUTHAB. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01; Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação das Emendas nos 02, 03 e 04;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 02, 03 e 04.

 

Observações:

- retirada a Emenda nº 01;

- incluído na Ordem do Dia em 12-11-07;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Verª Maria Celeste, em acordo com o Ver. Carlos Todeschini, solicitamos adiamento da discussão do PLL nº 030/05 por uma Sessão. Poderemos, então, continuar tal qual está aqui. Estamos negociando outras questões para o dia de amanhã.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Adeli Sell, que solicita adiamento da discussão do PLL nº 030/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 8030/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/07, que cria 01 (uma) Função Gratificada junto ao Quadro do Magistério Público Municipal, e dá outras providências.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,     § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 28-11-07, por força do art. 81 da LOM.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLE nº 022/07. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 022/07.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, o Ver. Professor Garcia brincava comigo que eu vinha discutir a favor do Governo, e vou. Vou, inclusive, Ver. Garcia, para deixar muito claro para alguns Secretários, como o Secretário Cecchim, que não se porta a sua altura quando vai ao rádio e chama a oposição de ciumenta ou incompetente, porque foi assim que o Secretário Cecchim se referiu à minha pessoa no exercício da minha tarefa de fiscalizar o Governo. E eu quero aqui dizer para vocês que eu acho isso i-na-cei-tá-vel! É um desrespeito à Câmara de Vereadores inclusive porque o Secretário Cecchim, ele, sim, que foi pego em falta, em crime ambiental, porque autorizou uma obra sem licenciamento.

E, portanto, venho aqui, Ver. Nereu D'Avila - que sinaliza -, e faço questão, Verª Celeste, de elogiar o Executivo quando encaminha para cá um Projeto correto, necessário, e agiliza, como é a criação dessa FG, que é para uma segunda vice-direção da Escola Cemet, do Centro Municipal de Educação para Trabalhadores, que funciona manhã, tarde e noite, que tem mais de 1.000 alunos, que 60% dos seus alunos possui alguma deficiência, tem turma de surdos, um trabalho maravilhoso, atende dos 16 aos 60 anos, idosos e adolescentes; trabalha numa pedagogia completamente adaptada, promotora, inclusiva, para a educação de jovens e adultos. Então eu quero elogiar a agilidade. Estive em reunião com o Secretário Clóvis Magalhães sobre esse tema da FG, e ele agilizou a vinda da matéria para cá, mas quero que assim seja tratada toda ação de Vereador, e que o Executivo se porte a sua altura, e nós vamos elogiá-lo quando ele fizer corretamente a sua função.

Em relação às FGs, quero fazer inclusive aqui uma observação. Quando eu era Secretária, no ano de 2003 - e os meus Pares Vereadores que aqui estavam na Casa, Margarete -, o Prefeito João Verle, nas medidas que tomou para enfrentar o déficit naquele ano, e de muitas delas hoje resultam o equilíbrio financeiro da Prefeitura, retirou desta Casa todos os Projetos de Lei que criariam qualquer despesa ao Executivo, e nesses Projetos foram retiradas as FGs, para o segundo vice-diretor, de três escolas municipais. Como Secretária, eu achei isso muito duro, porque as escolas inclusive já tinham indicado os vices, teriam eleições, as escolas não entenderam... Nós retiramos daqui Projeto de criação do cargo da função de tradutor de língua de sinais, tivemos uma reação da representação das línguas de sinais... Na verdade, nós tivemos que agir assim para ser exemplares na redução de custeio e podermos equilibrar, assim como tivemos que suspender a bimestralidade. Agora a Prefeitura fala do seu equilíbrio financeiro, tem criado várias Secretarias, FGs, mais do que justo era criar, repor a FG da Escola Cemet. Já deixo indicado que há outras duas escolas com essa situação a ser resolvida. Encerro dizendo que é muito pertinente essa criação; essa, sim, vai para a ponta, senhoras e senhores. As nossas escolas têm, no máximo, três FGs, onde trabalham cem professores, onde atendem, às vezes, a 3.000 alunos. São FGs baixas. Essa gratificação é realmente meritória, importante, justa e com probidade administrativa, com certeza. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 022/07.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, este assunto desta Função Gratificada de escola junto ao Cemet, como a Vereadora falou, na realidade é a Escola Paulo Freire. Faço questão de colocar isso, porque este Vereador já estava na Legislatura passada, e na época nós acompanhamos de perto a romaria da Escola, da Vice-Diretora, da ponderação em justificar e querendo a FG. É uma escola que funciona em três turnos, tem mais de 1.100 alunos, o que justifica a FG. Na época, lembro que a Verª Sofia era a Secretária, e o Governo Municipal não concedeu a FG. A alegação, na época, era uma alegação legítima no sentido de que não dispunham de recursos.

Quero dizer, Vereadora, que o Prefeito Fogaça, hoje, numa outra situação, não que o Governo esteja com grandes recursos, mas entendeu legítimo, oportuno e tem condições financeiras de sanear isso. Então, acho mais do que importante, meritório, neste momento, a Escola Paulo Freire ser notada, e a Vice-Diretora ganhar Função Gratificada, porque é uma escola de periferia. É uma bela escola, aqueles que não a conhecem deverão visitá-la. Este ano já houve aqui uma homenagem a ela proposta pela Verª Sofia Cavedon. Então, entendemos mais do que justo, mas volto a dizer que este problema que está sendo saneado hoje pelo Prefeito Fogaça é algo da legislatura passada que não foi cumprido, por todas as dificuldades do déficit orçamentário de 2002, 2003 e 2004, mas agora, numa outra situação orçamentária, o Prefeito Fogaça tem condições de fazê-lo, quer fazê-lo e está mostrando isso à população. Então, somos totalmente favoráveis à aprovação deste Projeto, e tenho certeza de que ele vai ter a votação unânime desta Casa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrada a discussão.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLE nº 022/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM, totalizando os Srs. Vereadores votantes.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, com as procurações dos Vereadores Adeli Sell, Luiz Braz e Guilherme Barbosa, queremos convidar os demais Vereadores que quiserem se incorporar à nossa caravana que vai a Caxias do Sul, sexta-feira pela manhã, visitar uma experiência que a Prefeitura está fazendo na área de coleta de lixo mecanizado, estão todos convidados, mediante acertar com o Gabinete do Ver. Adeli. Passaremos também em Dois Irmãos, para ver uma experiência sobre resíduos sólidos. Estão todos convidados. Isso será sem custo para a Casa. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): É importante que V. Exª diga, Vereador, que não haverá custo para a Casa, e está feito o convite a todos os Vereadores.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1446/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/07, de autoria do Ver. Luiz Braz, que inclui § 14 no art. 70 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os tributos de competência do Município, concedendo, para a hipótese prevista no inc. XVII desse artigo, abatimento na base de cálculo para a aplicação da alíquota do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), quando o valor venal do imóvel superar o limite de 60.000 UFMs (sessenta mil Unidades Financeiras Municipais).

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,   § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-10-07;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLCL nº 008/07. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCL nº 008/07.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, possivelmente não vamos votar esta matéria hoje, mas preferi iniciar a discussão para que possamos estabelecer um juízo de valor com relação a todo texto que estamos submetendo à Casa. No final do ano passado, votamos aqui uma alteração na legislação tributária que, acredito, foi prejudicial para uma certa camada da população. Tínhamos uma isenção do IPTU para pessoas aposentadas que ganhassem até três salários mínimos, donos de um só imóvel. Essas pessoas, historicamente, não pagavam IPTU. Chegou-se à conclusão, no Executivo, de que algumas pessoas, proprietárias de imóveis com grande valor, deveriam, sim, pagar tributo e não deveriam ficar no campo da isenção, mesmo que elas fossem herdeiras e não tivessem hoje recursos suficientes para o recolhimento do IPTU. Nós aprovamos, então, o fim daquelas isenções, mas, Ver. Nereu D’Avila, dissemos que estariam isentas apenas as pessoas que tivessem imóveis até 60.000 UFMs, o que significa, mais ou menos, R$ 120.000,00 o valor do imóvel. Mas imaginem que quem tem um imóvel valendo 61.000 UFMs vai pagar por todo o imóvel, vai pagar 100% do IPTU. Imaginem, essa pessoa estaria praticamente separada do isento, por uma avaliação de imóvel, apenas por 1.000 UFMs a mais ou R$ 2.000,00 a mais, e ela já estaria pagando IPTU.

Resolvemos, então, Ver. Todeschini, no Projeto assinado por mim e pelo Ver. João Dib – eu não lembro se mais algum Vereador assinou, mas está à disposição para todos assinarem –, que os imóveis de grande valor não poderiam ficar totalmente isentos: está certo o Executivo, na nossa opinião. Mas para estabelecermos a regra de igualdade, mesmo esses imóveis com um valor um pouco maior, na faixa de 60.000 UFMs, acredito que essa isenção deva valer para todos, desde que obedeçam àqueles requisitos de ter uma renda de até três salários mínimos, de serem donos de um único imóvel e de serem pessoas aposentadas. Então, se alguém tiver um imóvel valendo 61.000 UFMs, ele vai pagar por 1.000 UFMs e não pelas 61.000 UFMs, já que todos os proprietários de imóveis com essas características e que têm imóveis valendo até 60.000 UFMs estão isentos. Essa foi uma modificação que nós votamos no final do ano passado. Eu acredito que houve uma emenda tentando chamar a atenção para uma certa injustiça que existia, mas essa emenda foi deixada de lado.

Eu acredito que, a essa altura dos acontecimentos, nós poderíamos tranqüilamente, sem prejudicar a arrecadação do Município - já que o Município, até o ano passado, não tinha essa arrecadação, passou a ter a partir deste ano, pelo menos na faixa das 60.000 UFMs -, deixar todas as pessoas proprietárias de um único imóvel que ganham até três salários mínimos, aposentadas, até a faixa de 60.000 UFMs, isentas.

Eu acredito que se faz justiça, se cumpre o dispositivo constitucional da igualdade, já que as pessoas devem ser olhadas exatamente no mesmo nivelamento. Nós aqui estamos fazendo discriminação, quando votamos aquela alteração daquela forma. Então, pediria aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras que, para fazermos justiça, pudéssemos fazer essa alteração na legislação que foi votada no final do ano passado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCL n° 008/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, essa isenção de pagamento de IPTU e Taxa de Lixo para aqueles que ganham até três salários mínimos e são aposentados ou pensionistas, foi uma iniciativa da Casa do Povo de Porto Alegre e aceita pelo Executivo Municipal. No ano passado, foi proposto que os imóveis acima de 60.000 UFMs de valor venal pagassem o IPTU e a Taxa de Lixo. Nós cometemos duas injustiças no ano passado: ter aceitado essa proposição do Executivo e ter feito com que todos, indistintamente, que tivessem 60.000 UFMs e mais um real, mais um centavo, pagassem também pelas 60.000 UFMs. Eu apresentei uma Emenda, no ano passado, no momento da discussão e votação desse Projeto de Lei do Executivo, acho que a Casa não entendeu e rejeitou a Emenda. E ela era nesse sentido: até 60.000 UFMs não se pagaria, mas além de 60.00 UFMs, pagar-se-ia apenas o excedente e não a totalidade do valor. E o que aconteceu? Muita gente foi surpreendida, tendo de pagar um imposto para o qual não estava preparada. Pessoas com pensões e aposentadorias abaixo de três salários não estavam preparadas para pagar IPTU este ano e tiveram que pagar. Procuraram os nossos gabinetes, colocaram suas mágoas, e nós não tínhamos o que dizer, a não ser que, lamentavelmente, essa vantagem que havia sido assegurada, ao longo de anos, pela Casa do Povo de Porto Alegre havia sido retirada pela própria Casa do Povo de Porto Alegre.

Portanto, eu acho das mais justas a proposição do Ver. Luiz Braz, e que também assinei: 60.000 UFMs estão sempre dispensadas, não importa qual seja o valor; se for 65.000 UFMs, paga 5.000, mas 60.000 não tem de pagar. Isso é justiça; apenas chama-se justiça. Ninguém vai pagar se tiver todas as outras condições: renda até três salários mínimos; inativo ou pensionista; proprietário de um único imóvel e utilizá-lo como residência. Se ele tiver, por exemplo, por herança ou por quaisquer outras condições um imóvel que valha 70 mil UFMs, ele irá pagar sobre 10.000 UFMs, que é uma receita que vem a mais para o Município. Quando a Casa a propôs, ela propôs que na integralidade não fosse paga por aqueles que ganhassem menos de três salários mínimos, fossem aposentados ou pensionistas.

Portanto, eu espero que a Casa, desta vez, faça justiça àqueles que, já no passado, tiveram isenção total. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCL nº 008/07.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, especialmente, os autores do Projeto, Vereadores Luiz Braz e João Dib, acho um bom Projeto, Ver. Braz, de certa forma V. Exª falou disso, mas quero acentuar um pouco mais.

Como era antes? Antes, não interessava se o imóvel valia 200.000, 300.000 UFMs, estava isento desde que tivesse um único imóvel sendo ocupado como sua residência e fosse aposentado ou pensionista. Isso é o que era anteriormente.

O Governo atual, do Prefeito José Fogaça, remeteu para esta Casa um Projeto limitando até 60.000 UFMs. Eu acho correto, porque 60.000 UFMs equivalem em torno de 130.000 reais, portanto, é um imóvel mediano. Acho que foi acertado.

Acho que o Projeto é bom, caminha no sentido da justiça tributária, agora, quero fazer algumas perguntas que, para mim, não estão respondidas e que não tive tempo de pesquisá-las. A primeira questão já está colocada pelo Procurador: de que as isenções têm de ser com prazo limitado, e V. Exª contestou isso. Há uma contestação acostada. Isso não é o que mais me preocupa, Ver. João Antonio Dib, o que me preocupa é o que significam para o Erário Municipal, hoje - e acho que isso deveria vir nos autos –, essas isenções. Qual o percentual, qual o valor que significa do IPTU em relação a isso?

Segundo, essa mudança significa uma renúncia, e a Lei de Responsabilidade Fiscal é clara, cristalina, no sentido de, em havendo renúncia, ter de dizer onde aportarei os recursos que estou renunciando. Então, tenho essas dúvidas.

Eu não tenho dúvida sobre a justeza, eu não tenho dúvida sobre o acerto, eu não tenho dúvida sobre a matéria extraordinária, mas tenho dúvida se, em votando a matéria, o que estou renunciando com isso? Em renunciando de um lado, como eu vou repor para o Erário Municipal?

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, a pergunta que V. Exª faz é inteligente, exatamente dentro daquilo que manda a legislação, mas eu pediria que V. Exª raciocinasse que nós não estamos, na verdade, criando isenções. A isenção já existia; ela foi, na verdade, limitada, no ano passado. Está certo? E o que nós estamos fazendo é exatamente estabelecer a igualdade entre todos os contribuintes que estão dentro dessa faixa dos três salários mínimos, donos de um único imóvel e aposentados. Então, o que nós estamos criando é apenas essa igualdade. Não estamos criando a isenção. A isenção já existe.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu aceito a sua contestação e quero continuar dialogando.

Vamos imaginar que V. Exª seja proprietário e que esteja enquadrado, que não é o caso, mas que V. Exa seja enquadrado no caso em tela. O seu imóvel é avaliado em 61 mil Ufirs. Pelo o que diz a Lei, hoje, V. Exª deveria pagar IPTU na integralidade, sobre as 61 mil Ufirs; na sua totalidade, porque ele atingiu mil Ufirs a mais do que a Lei estabeleceu. Em aprovando a Lei, V. Exª não pagará mais sobre os 60 mil e pagará o que exceder, sobre mil Ufirs. Pois bem, isto significa uma alteração, do ponto de vista de tributo - o que fizeram, com competência -, e V. Exª poderia trazer para nós, falando com o Secretário e com os técnicos, apenas perguntando o seguinte: o que significa isso, do ponto de vista da arrecadação, do impacto extra. Eu não estou discutindo o mérito, que é nota dez. Eu não vou discutir, não vou contestá-lo, não tem por que contestá-lo, porque acho justo. Agora, nós temos de encontrar uma maneira de adequar isso, porque há um velho ditado que diz que “na porteira onde passa um boi, passa uma boiada”. Eu não posso conceder de qualquer forma; eu posso conceder mediante condições.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, eu acredito que o enfoque correto é exatamente este, de que nós não estamos, na verdade, criando nenhuma isenção nova. Nós estamos trabalhando em cima de uma isenção que existe. O que eu estou fazendo é algo que é, inclusive, uma regra constitucional: eu estou igualando contribuintes, porque eu estou dizendo que esses contribuintes, que têm essas mesmas condições, sejam tratados da mesma forma. Se, para os contribuintes que ganham até três salários mínimos, sejam aposentados e donos de um único imóvel, existe essa isenção, para 60 mil UFMs - eu acredito que a unidade correta deve ser UFMs. Se existe esta isenção, não há por que eu tratar de maneira diferente uns e outros, não é? Eu acredito que o tratamento deva ser igualitário. E é exatamente dentro disso, Ver. Sebastião, sem criar uma isenção. Porque, senão, eu teria de me submeter àquela regra que V. Exª muito bem citou aqui na tribuna. Mas eu estou exatamente querendo apenas criar uma igualdade entre contribuintes.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Bom, agradeço a V. Exª pela tolerância de tempo. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLCL nº 008/07.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta, nobres colegas Vereadores e Vereadoras, o Projeto em discussão, olhando pela linha prática e pelo consenso ideológico do Democratas, pelo simples fato de diminuirmos os impostos, seja da linha municipal, estadual ou federal, já teria que ter, Luiz Braz, o apoio incondicional do nosso Partido. Mas não é por isso que nós estamos aqui discutindo e já abrindo, de antemão, o nosso apoio a este Projeto. É porque ele traz fundamentalmente uma questão de justiça social na cobrança dos impostos. Vamos imaginar que um aposentado que ganhe menos de três salários mínimos; de repente, fica para ele um patrimônio considerável, casa única, prédio único, e ele tem de pagar essa carga de impostos pelo fato de passar 60 mil UFMs. Então, esse redutor para todo aquele que tiver um imóvel ou tiver mais de um imóvel de 60 mil UFMs, ele vem trazer também um direito igual para todos os contribuintes. Logicamente para aqueles que ganham até 3 salários mínimos e sejam aposentados.

Diante disso, nobre Ver. Luiz Braz, conte com o nosso apoio e com a nossa admiração. Além de diminuir os impostos - nós estamos batalhando tanto neste País -, traz a justiça social inerente ao vosso Projeto. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Como V. Exª encerrou a discussão, gostaria que a votação do PLCL nº 008/07 fosse adiada por uma Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver. Luiz Braz, solicito o Requerimento por escrito.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1610/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 063/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que altera a redação do caput do art. 102 e do parágrafo único do art. 197 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), divulgando na internet os projetos e substitutivos incluídos na Pauta e os Anais. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126, §1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 01-10-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão, em 3ª Sessão, o PR nº 063/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerro a 3ª Sessão de Discussão do PR nº 063/06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3840/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Projeto de Habitação Popular (PHP), cuja finalidade é a devolução ou crédito do ITBI, IPTU, ISSQN e de taxas relativas à aprovação de projetos, alvarás, licenciamentos e cartas de habite-se às empresas construtoras habilitadas que executarem projetos destinados à construção de habitações populares no Município e dá outras providências. Com Substitutivo nº 01 (de autoria dos Vereadores Maristela Meneghetti e Carlos Comassetto). Com Emendas nos 01 e 02 ao Substitutivo. (desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e pela existência de óbice da Emenda nº 01; Relator Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Substitutivo nº 01 e da Emenda nº 01 ao Substitutivo e pela existência de óbice das Emendas nºs 02, 03, 04 ao Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib : pela rejeição do Projeto, do Substitutivo nº 01 e da Emenda nº 01 ao Substitutivo;

- da CUTHAB. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 02, 03 e 04.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 113 da LOM;

- prejudicada a votação das Emendas nos. 01, 02, 03 e 04 ao Projeto, nos termos do art. 56, § 1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 03-10-07, por força do art. 81 da LOM;

- discutiram a matéria os Vereadores C.Comassetto e C.Todeschini;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 163/04, com Substitutivo nº 01. (Pausa.)

 

A SRA. MARISTELA MENEGHETTI (Requerimento): Srª Presidenta, em virtude de o Ver. Carlos Comassetto, que construiu esse Substitutivo conosco, estar representando a Casa em um congresso no Ministério das Cidades em Brasília, solicito adiamento por duas Sessões.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento, de autoria da Verª Maristela Meneghetti, solicitando o adiamento da discussão do PLL nº 163/04, com Substitutivo nº 01, por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Suspendo a Sessão Ordinária por um minuto, para que possamos acordar o prosseguimento da Ordem do Dia.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h23min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h24min): Estão reabertos os trabalhos. Concluída a pauta de votação destinada para a Sessão de hoje, verifico que visualmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h25min.)

 

* * * * *